Tag: Dastur

  • O possível tem sido, na filosofia moderna, sempre definido como inferior ao real e ao efetivo. É assim que, na lista das categorias kantianas, a possibilidade se opõe, enquanto categoria modal (isto é, no que concerne à relação do entendimento com a existência dos objetos), à realidade e à necessidade: o possível designa, consequentemente, o…

  • É na medida em que é uma tal abertura – que impede que seja ele confundido com o que a filosofia moderna chama de “sujeito” e que ela entende como uma interioridade opondo-se à exterioridade dos objetos – que o Dasein, porque não é indiferente a seu próprio existir, pode, todavia, designar a si mesmo…

  • A fenomenologia da mortalidade exige, então, a redução de qualquer tese sobre a morte, seja qual for sua origem, para nos colocar diante do “puro fenômeno” da mortalidade. Ora, esse “puro fenômeno” da mortalidade tem o sentido intrínseco de uma relação daquele que pensa com sua própria morte. Essa relação que Heidegger chama de Sein…

  • Se não é próprio da morte como tal nenhuma experiência e nenhum pensamento possível, se o “nada” que ela “é” não pode senão impor o silêncio ao discurso conceituai, e se ela constitui o não-fenômeno por excelência, o que não me aparece jamais “em pessoa”, dela pouco subsiste como o demonstram tanto as mitologias quanto…

  • Toda la originalidad del pensamiento de Heidegger tiende en efecto a la elucidación del sentido temporal de lo que la tradición occidental desde su comienzo (con Parménides, Platón y Aristóteles) ha nombrado “ser”. Heidegger parte de esta simple constatación: la ousía (el ser, o mejor dicho, la entidad) es comprendida por los griegos como presencia…

  • Se ninguém pode atenuar ou anular a responsabilidade do outro sobre sua própria morte e não pode, no sentido estrito, morrer pelo outro, isso implica que o morrer não é somente uma determinação extrínseca da existência, um “acidente” da substância “homem”, mas, ao contrário, um atributo essencial deste. A relação que o ser humano mantém…

  • Nestes textos dos anos 30, trata-se, pois, de pensar conjuntamente a dimensão sagrada do mundo, a sua “instalação” como pro-dução da terra, e o mundo como lugar da historicidade de um ser coletivo singular. Temos aqui uma concepção do mundo que se situa algures entre o mundo humano ambiente de Ser e Tempo e o…

  • As duas características essenciais da obra de arte que Heidegger analisa são dois modos diferentes de colocação: instalar (aufstellen) e produzir (herstellen). Instalar não significa simplesmente arrumar, por exemplo, obras de arte num museu. Trata-se, sublinha Heidegger, de um gesto de consagração e celebração 1, de modo que, através da instalação, o sagrado é aberto.…

  • Mas a superação da concepção transcendental do mundo não significa a supressão da capacidade projetiva do Dasein, mas antes a sua subordinação ao acontecimento primordial da abertura do mundo em que o Dasein se encontra. Para Heidegger, o problema não é tanto inverter o modo de pensar transcendental, atribuindo ao mundo o papel ativo que…

  • Em Sein und Zeit, o mundo é, de facto, descoberto pela primeira vez apenas como Umwelt quotidiano e no contexto de uma atitude específica em relação ao ente intramundano, a da preocupação (Besorgen), na qual Heidegger vê o conceito ontológico a partir do qual tanto o comportamento teórico como o prático podem ser compreendidos. É,…