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  • A minha queixa é simplesmente que a fenomenologia husserliana coloca as suas questões relativas à consciência interna do tempo de uma forma que distorce os fenômenos de percepção, imaginação e memória aos quais pretende dar acesso. No início da sua exposição (§§1-2), Husserl propõe-se a pôr de parte todas as suposições ou referências ao objektive…

  • Ainda no interior da metafísica, a posição do homem como um ente em meio ao ente enquanto tal é indicada por meio da “compreensão de ser”. Depois de tudo aquilo que foi definido sobre a “compreensão” no contexto diretriz da questão acerca da (261) verdade do seer, isso significa, contudo, o seguinte: projeção da verdade…

  • O acontecimento da apropriação, não a tonalidade afetiva, é que convém no primeiro início ao desdobramento essencial do seer; mas os dois são de qualquer modo pensados, sem serem reconhecidos em sua essência, em outras figuras; o acontecimento da apropriação encobre-se no pertencimento do νοῦς e do λόγος ao ser, um pertencimento que, indômito e…

  • A indigência compele para o “íntimo entre” desse caráter indecidido. Ela ejeta pela primeira vez o decidível desse caráter indecidido. Na medida em que essa indigência se abate sobre o homem, ela o transpõe para o interior desse “entre” do ente ainda indecidido enquanto tal, do não-ente enquanto tal. Por meio dessa transposição, porém, o…

  • A corrente original da consciência é um puro devir. A experiência flui. O que é novo toma o seu lugar numa linha de produção constante, sem que se possa perguntar “através de quê” o devir está a ser produzido (= originado). Em nenhum momento da corrente, a saída de uma fase de outra deve ser…

  • Tudo aquilo que pode ser pensado sobre as “tonalidades afetivas” precisa ser pensado a partir da experiência do seer e de sua questionabilidade, isto é, a partir da dor da história do seer. (a dor como a clareira da diferença – essa diferença mesma) A requisição nunca pode voltar-se para um tratamento das “tonalidades afetivas”…

  • A análise heideggeriana mostra que a nossa sensibilidade corporal não existe puramente “fisicamente”, que não tem necessidade de ser informada por formas conceituais; pelo contrário, está impregnada de compreensão e tonalidade afetiva. Os sentidos informam-nos apenas sobre o que, num certo sentido, já compreendemos. Mas tal formulação parece significar que os sentidos podem ser separados…

  • Suarez diz em suas Disputationes metaphysicae (XXXI, sect. IV, n. 6), cuja influência no começo da metafísica moderna vem se tornando cada vez mais clara, o seguinte sobre a exsistentia: “nam esse existentiae nihil aliud est quam illud esse, quo formaliter, et immediate entitas aliqua constitutur extra causas suas, et desinit esse nihil, ac incipit…