Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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subjetividade-objetividade

quarta-feira 13 de dezembro de 2023

Subjektivität  , Subjectität, Objektivität, Gegenständlichkeit. VIDE Subjekt, Objekt

A dedução transcendental   é em si, ao mesmo tempo, necessariamente objetiva-subjetiva. Pois ela é desvelamento da transcendência, a qual, para uma subjetividade finita, primeiramente forma o voltar-se essencial para uma objetividade em geral. Daí que o lado subjetivo da dedução transcendental nunca possa faltar; mas a sua elaboração explícita pode ser deixada para mais tarde. Se Kant   se decidiu a isso, ele só o poderia fazer a partir de uma clara intelecção da essência de uma tal elaboração do lado subjetivo da fundamentação da metafísica. [GA3MAC:172]


Não obstante, o pensamento kantiano só enuncia o que precisou ser dito a partir do solo da metafísica moderna sobre a essência da razão. Experimentada em termos modernos, a razão é equivalente à subjetividade do sujeito humano e significa: a representação certa de si mesma do ente em seu caráter ôntico, ou seja, aqui do ente em sua objetividade. A representação precisa estar, por sua vez, certa de si mesma porque ela se transforma agora no re-presentar colocado puramente sobre si, isto é, no re-presentar subjetivo dos objetos. Na certeza de si, a razão se assegura do fato de colocar em segurança o que vem ao encontro com a sua determinação da objetividade e de, com isso, inserir a si mesma na esfera da segurança por toda parte calculável. Assim, a razão se transforma mais expressamente do que antes na faculdade que conforma e imagina para si mesma tudo o que o ente é. Se enfatizamos que Kant “só” pressentiu e enunciou mais claramente essa essência da razão pela primeira vez como um todo e a partir de uma avaliação real de seu domínio como uma faculdade, não pretendemos de maneira alguma diminuir com esse “só” a doutrina kantiana da imaginação transcendental. A única coisa que queremos e podemos fazer é buscar salvar esse passo do pensamento kantiano em sua incomparabilidade. [GA6MAC:411]