tradução
4. A EX-SISTÊNCIA É PREOCUPAÇÃO (SORGE) COM O SENTIDO
4.1 Enquanto “lançada à frente”, a ex-sistência é simultaneamente “presente a”.
4.1.1 O “lançado à frente” indica que a atualidade da ex-sistência é possibilidade.
4.1.2 A “presença-a” indica que, enquanto possibilidade, a ex-sistência é capaz de dar sentido a si própria e a tudo o que encontra.
4.2 Esta estrutura bivalente de immer schon vorweg e sein bei (SZ 192.36-37) constitui a ex-sistência como “preocupação com o sentido” (Sorge). A ex-sistência é simultaneamente
4.2.1 a priori como possibilidade de sentido (existencial) entre possibilidades de sentido (existenciárias); e
4.2.2 a priori presente a — capaz de dar sentido a — tudo o que encontra. Fá-lo “regressando” da sua anterioridade para ligar um significado possível ao que quer que esteja atualmente presente, incluindo a si mesmo (GA 21: 147.24; SZ 366.17).
4.3 Esta preocupação com o sentido (existencial) permite-nos dar sentido (existenciariamente) a tudo o que encontramos, tomando-o como tendo este ou aquele sentido, ou, na gíria de Heidegger, “projetando a coisa para” um sentido possível. Como existencialmente já pro-jetados (lançados à frente), podemos existenciariamente pro-jetar o que encontramos “em direção a” um significado.
4.4 Este tomar-como ou projetar-para (entwerfen auf) resulta em significado, mas não necessariamente em verdade no sentido de correção.
original
4. EX-SISTENCE IS CONCERN-FOR-MEANING
4.1 As “thrown-ahead,” ex-sistence is simultaneously “present-to.”
4.1.1 The “thrown-aheadness” indicates that ex-sistence’s actuality is possibility.
4.1.2 The “presence-to” indicates that, as possibility, ex-sistence is able to make sense of itself and of whatever it encounters.
4.2 This bivalent structure of immer schon vorweg and sein bei (SZ 192.36-37) constitutes ex-sistence as “concern-for-meaning” (Sorge). Ex-sistence is simultaneously
4.2.1 a priori ahead as meaningful possibility (existential) among meaningful possibilities (existentiel); and
4.2.2 a priori present to—able to make sense of—whatever it encounters. It does so by “returning from” its aheadness to link a possible meaning with whatever is currently present, including oneself (GA 21: 147.24; SZ 366.17).
4.3 This concern-for-meaning (existential) enables us to make sense (existentielly) of whatever we meet, by taking-it-as having this or that meaning, or in Heidegger’s jargon, by “projecting the thing towards” a possible meaning. As existentially already pro-jected (thrown ahead) we can existentielly pro-ject what we encounter “towards” a meaning.
4.4 Such taking-as or projecting-toward (entwerfen auf) results in meaning but not necessarily truth in the sense of correctness.