organismo

O corpo do homem é algo Essencialmente diferente de um organismo animal. Não se supera o erro (Irre) do biologismo, ajuntando-se ao corpo do homem a alma e à alma, o espírito e ao espírito, o existentivo (das existentielle), nem por se proclamar mais alto do que antes, o apreço pelo espírito, para, logo a seguir, reduzir tudo à vivência da vida, garantindo-se numa advertência, que, com seus conceitos rígidos, o pensamento destrói o fluxo da vida e o pensamento do Ser deturpa a existência. Que a fisiologia e a química fisiológica possam investigar o homem, como organismo, à maneira das ciências naturais, ainda não prova que a Essência do homem esteja nesse “orgânico”, isto é, no corpo explicado cientificamente. Isso é tão pouco exato, como julgar-se que na energia atômica reside a Essência da natureza. Pois pode muito bem ser que a natureza esconda sua Essência precisamente no lado em que se presta ao controle técnico do homem. Assim como a Essência do homem não consiste em ter ele um organismo animal, assim também não se pode eliminar ou compensar essa determinação insuficiente da Essência do homem, dotando-o de uma alma imortal ou da força da razão ou do caráter de pessoa. Sempre, em todos esses casos, se passa à margem – e em razão do mesmo projeto metafísico – da Essência do homem. [CartaH]