logia

Para que aventamos isto? Para experimentarmos as batidas expressões ontologia, teologia e onto-teologia naquilo em que escondem sua importância. Não há dúvida que, de saída, as expressões ontologia e teologia são tomadas, e isto se dá comumente, numa acepção paralela a outros termos também conhecidos: psicologia, biologia, cosmologia, arqueologia. As sílabas finais “-logia” dizem, de maneira imprecisa e corrente, que se trata da ciência da alma, do vivo, do cosmos, das antiguidades. Mas na “-logia” se oculta não apenas o lógico no sentido do consequente e em geral do que tem caráter enunciativo, que articula e dinamiza todo o saber das ciências, armazena-o e o comunica. A “-logia” é, cada vez, o todo de um complexo fundador, onde os objetos das ciências são representados sob o ponto de vista de seu fundamento, isto é, são compreendidos. A ontologia, porém, e a teologia são “logias” na medida em que exploram o ente enquanto tal e o fundam no todo. Elas prestam contas do ser, enquanto fundamento do ente. Prestam contas ao logos e são, num sentido essencial, conformes ao logos, quer dizer, à lógica do logos. De acordo com isto chamam-se mais exatamente onto-lógica e teo-lógica. Mais objetivamente pensada e determinada de maneira mais clara, a metafísica é: Onto-teo-lógica. (MHeidegger A CONSTITUIÇÃO ONTO-TEO-LÓGICA DA METAFÍSICA)