Wissenschaft

Wissenschaft, science, ciência, ciencia

A ciência (Wissenschaft) pode ser definida em geral como o todo de uma conexão-de-fundamentação de proposições verdadeiras. (SZ:11)


(…) cada “ciência” é um conhecimento de dominação, um sobrepujar e um ultrapassar, quando não simplesmente um passar por cima do ente. Isso se realiza no modo da objetivação. Em contrapartida, o saber essencial, a atenção (Achtsamkeit), é um retroceder diante do ser. Num tal retroceder vemos e percebemos essencialmente mais, ou seja, algo totalmente diferente do produto do procedimento notável da ciência moderna. Pois esta última é sempre um assalto técnico ao ente e uma intervenção tendo em vista uma “orientação” ativa, “produtiva”, operosa e comercial. Em contraposição, a atenção marcada pelo pensamento permanece uma atenção para uma exigência que não provém de fatos isolados e de eventos da realidade, nem atinge o homem nas razões periféricas de suas ocupações cotidianas. (GA54SMW:16-17)


(…) that it (σοφία) has a priority over φρόνησις, such that this ἀληθεύειν constitutes a proper possibility, and the genuine possibility of Dasein: the βίος θεωρητικός, the existence of scientific man. (GA19RS:42)


VIDE: (Wissenschaft->http://hyperlexikon.hyperlogos.info/modules/lexikon/search.php?option=1&term=Wissenschaft)

science

NT: Science (Wissenschatf), 9-11, 13, 26-28, 31, 34-35, 37, 45-47, 49-52, 58, 62, 96, 112, 138, 152-153, 171, 197, 213, 230, 303fn (versus thinking), 315, 324, 332, 357-358, 361-363, 375-376, 378, 385, 392-396, 397-402, 404, 429, 431, 433; of being, 26, 230; of history, 375-376, 378, 392, 397-398, 404; of language, 165-166, 349; of life, 49; of nature, 404; of phenomena, 31; of the objectively present, 324; of the psychical, 309; of the signs at hand, 361; of the truth, 213; of man, society, and the state, 398; factical, 392-393; factual, 362; theoretical science, 358; existential genesis of, 171, 258; existential conception of, 357; logical conception of, 357; objectivity of science, 395; theory of science, 45, 375-376, 398, 401; ethics as a science, 402 (Yorck); scientific attitude (or behavior), 358, 361; scientific projection, 363. See also Calculating; Human science; Knowing; Measurement; Natural science; Object; Subject; Thematization (BTJS)


Wissenschaft tem um sentido mais abrangente do que “ciência”. Qualquer estudo sistemático de um campo é uma Wissenschaft. História, teologia, filologia clássica, história da arte são todas Wissenschaften, apesar de pertencerem às Geisteswissenschaften, as ciências “humanas”, “sociais” ou “morais”, em contraste com as Naturwissenschaften, ciências da natureza. A física matemática era, para Heidegger, o melhor exemplo de uma ciência, embora seu tipo de “rigor (Strenge)”, “exatidão (Exaktheit)”, não seja apropriado para outras ciências (GA65, 149). (DH)


D’emblée, Heidegger pose une thèse : il n’y a pas de « science historique », pas plus que de science en général, sans présupposition. Toute science historique est facticement « dépendante » d’une « vision du monde dominante ». Qu’une science reflète les intérêts d’une société, est un fait qui « n’a pas besoin de discussion » (bedarf keiner Erörterung, SZ 392).

Comment entendre cette affirmation liminaire ? Les sciences historiques ne sont-elles que la confirmation d’une loi générale valable pour toutes les sciences, à savoir que chaque science est « l’enfant de son temps », ou, dans leur cas, cette dépendance ne revêt-elle pas des aspects particuliers ? Le fait que Heidegger lui-même ait éprouvé le besoin de mettre les mots « dépendance » et « vision du monde dominante » entre guillemets indique que cette relation mérite d’être analysée : comment se manifeste concrètement cette « dépendance » ? Qu’est-ce que la « vision du monde dominante » d’une époque, d’une classe sociale, etc. ? Or, toutes ces questions relatives à un « fait » posée dogmatiquement ne sont pas abordées. Le seul problème qui intéresse Heidegger est celui, déjà évoqué au § 4, de « la possibilité ontologique de l’origine des sciences à partir de la constitution d’être du Dasein » (SZ 392). (OTGreisch:§76)