Em SZ, os pólos do universo de Heidegger são o homem (DASEIN) e o mundo. Terra, Erde, e deus(es) estão ausentes. Anteriormente, a terra apareceu brevemente como o suporte de nossas moradas, mas “a terra como natureza” está dentro do mundo, não constituindo uma oposição (GA20, 269s). Em meados da década de 1930, sob a influência de Hölderlin e da tecnologia, Heidegger recuperou o conceito de terra, mas agora como um contraponto ao mundo. Mundo e terra estão em conflito. Um mundo de atividades e produtos humanos é estabelecido pela domesticação e utilização da terra sobre a qual ele se encontra. A terra se defende, cobrindo de vegetação, destruindo c reivindicando nossas obras se não as vigiarmos e protegermos. Terra e mundo precisam um do outro. O mundo fica sobre a terra e utiliza matérias-primas da terra. A terra é revelada como terra pelo mundo. Um templo revela a rocha sobre a qual ele se encontra, a tempestade que o golpeia e a pedra da qual ele é feito (GA5, 30ss). Este conflito quase hegeliano constitui e sustenta os combatentes. Heidegger apela não para Hegel, mas para Heráclito: “De todas as coisas a guerra é pai, de todas as coisas é senhor; a uns mostrou deuses, a outros, homens, de uns fez escravos, de outros, livres” (GA39, 125; GA5, 32; GA40, 47, com as traduções livres do próprio Heidegger). (Inwood, MIDH)