O conceito ingênuo de MUNDO (Welt) é compreendido de uma forma tal que o MUNDO diz tanto quanto o ente. Sem qualquer decisão até mesmo em relação à “vida” e à “existência”, ele diz simplesmente o ente. Em meio à caracterização do modo como vive o animal, vimos o seguinte: ao falarmos com sentido do MUNDO e da formação do MUNDO por parte do homem, MUNDO precisa designar algo como a acessibilidade do ente. Vimos, entretanto, uma vez mais, que recaímos em uma dificuldade e ambiguidade essenciais com esta caracterização. Se determinarmos o MUNDO desta forma, também poderemos dizer em certo sentido que o animal possui um MUNDO; a saber, que ele tem um acesso a algo, que experimentamos a partir de nós como sendo o ente. Em contraposição a isto mostrou-se, porém, que o animal tem efetivamente a possibilidade de acesso a algo, mas não ao ente enquanto tal. Daí resulta que MUNDO significa propriamente acessibilidade do ente enquanto tal. Esta acessibilidade funda-se, contudo, em uma abertura do ente enquanto tal. Por fim, veio à tona que esta abertura não é nenhuma abertura de um tipo arbitrário qualquer, mas a abertura do ente na totalidade enquanto tal. (GA29-30PT:364)
GA29-30:411-412 – mundo
- GA29-30:10 – a filosofia acontece na essência enigmática do homem
- GA29-30:407-408 – que é o homem?
- GA29-30:531-532 – Ausência [Ab-wesenheit]
- GA29-30:59-60 – Metafísica
- GA29-30:6 – filosofar enquanto agir humano
- GA29-30:8 – finitude [Endlichkeit]
- GA29-30:9 – sombra do homem
- GA29-30:91-92 – o contraditório não pode ser?
- GA29-30:96-97 – sentimentos [Gefühle]
- GA29-30:99-100 – tristeza [Traurigkeit]