GA29-30: Estrutura da Obra

CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS – A TAREFA DA PRELEÇÃO E A POSTURA FUNDAMENTAL, PARTINDO DE UM ESCLARECIMENTO GENÉRICO SOBRE SEU TÍTULO

Primeiro Capítulo – Os desvios que marcam o caminho de determinação da essência da filosofia (metafísica) e a imprescindibilidade de olhar a metafísica de frente

§1. O caráter incomparável da filosofia

§ 2. A determinação da filosofia a partir dela mesma, tomando como fio condutor uma sentença de Novalis

§3. O pensamento metafísico como um pensamento que se movimenta no cerne do conceito: abrangendo a totalidade e transpassando conceptivamente a existência

Segundo Capítulo – A dubiedade na essência da filosofia (metafísica)

§ 4. A dubiedade no próprio filosofar: a incerteza quanto ao fato de a filosofia ser ou não ciência e proclamação de uma visão de mundo

§ 5. A dubiedade em nosso filosofar aqui e agora, na atitude do ouvinte e do professor

§ 6. A verdade da filosofia e sua dubiedade

§ 7. A luta do filosofar contra a dubiedade insuperável de sua essência. A autonomia do filosofar como autonomia do acontecimento fundamental no ser-aí

Terceiro Capítulo – Justificação da caracterização da pergunta pelo mundo, pela finitude e pela singularizaçâo, que se movimenta no cerne do conceito, como metafísica. Origem e história da palavra “metafísica”

§ 8. A palavra “metafísica”. O significado de physika

§ 9. As duas significações de physis em Aristóteles. A pergunta pelo ente na totalidade e a pergunta pela essencialidade (pelo ser) do ente como o duplo direcionamento da pergunta da prote phylosophia

§ 10. A formação das disciplinas escolares – lógica, física, ética – como a decadência do filosofar próprio

§ 11. A conversão da significação técnica de netá na palavra “metafísica” em uma significação de conteúdo

§ 12. As inconveniências inerentes ao conceito tradicional de metafísica

§ 13. O conceito de metafísica em Tomás de Aquino como comprovação histórica para os três momentos do conceito tradicional de metafísica

§ 14. O conceito de metafísica de Franz Suarez e o caráter fundamental da metafísica moderna

§ 15. Metafísica como o título para o problema fundamental da própria metafísica. O resultado da consideração prévia e a exigência de, a partir de um ser-tomado-por uma pergunta metafísica, começar com o agir na metafísica

PRIMEIRA PARTE – O DESPERTAR DE UMA TONALIDADE AFETIVA FUNDAMENTAL DE NOSSO FILOSOFAR

Primeiro Capítulo – A tarefa do despertar de uma tonalidade afetiva fundamental e a indicação de uma tonalidade afetiva fundamental velada de nosso ser-aí atual

§ 16. Esclarecimento prévio acerca do sentido do despertar de uma tonalidade afetiva fundamental

§ 17. Caracterização prévia do fenômeno da tonalidade afetiva: tonalidade afetiva enquanto o modo fundamental do ser-aí, enquanto o que dota o ser-aí de consistência e possibilidade. O despertar da tonalidade afetiva enquanto apreensão do ser-aí enquanto ser-aí

§ 18. O asseguramento de nossa conjuntura atual e da tonalidade afetiva fundamental que a atravessa e domina como o pressuposto para o despertar desta tonalidade afetiva fundamental

Segundo Capítulo A primeira forma do tédio: o ser-entediado por alguma coisa

§ 19. A questionabilidade do tédio. O despertar desta tonalidade afetiva fundamental enquanto um deixar acordar, enquanto a proteção ante o adormecimento

§ 20. A tonalidade afetiva fundamental do tédio, sua relação com o tempo e as três perguntas metafísicas sobre o mundo, sobre a finitude e sobre a singularização

§21. Interpretação do tédio a partir do entediante. O entediante como o que detém e deixa vazio. Questionabilidade dos três esquemas de interpretação habituais: a relação de causa-efeito, o intra-anímico, a transferência

§ 22. Instrução metodológica para a interpretação do ser-entediado: evitar a postura analítica em relação à consciência e manter a imediatidade do ser-aí cotidiano: interpretação do tédio a partir do passatempo como a relação imediata com ele

§ 23. O ser-entediado e o passatempo

Terceiro Capítulo – A segunda forma do tédio: o entediar-se junto a algo e o passatempo correspondente

§ 24. O entediar-se junto a algo e o modo do passatempo a ele subordinado

§ 25. Distinção contrastiva da segunda forma do tédio diante da primeira a partir dos momentos essenciais da retenção e da serenidade vazia

§ 26. A unidade de fundo dos dois momentos estruturais do entediar-se como fundada em um trazer à estagnação o tempo tomado, sendo este trazer à estagnação simultaneamente presentificador. O emergir do tédio a partir da temporalidade do ser-aí em sua temporalização

§ 27. Caracterização definitiva do entediar-se junto a algo: a peculiaridade do passatempo que lhe pertence como a entrada em cena do entediante a partir do ser-aí mesmo

§ 28. O tomar-se mais profundo da segunda forma do tédio diante da primeira

Quarto Capítulo – A terceira forma do tédio: o tédio profundo enquanto o “é entediante para alguém”

§ 29. Pressupostos para penetrar na essência do tédio e do tempo: a colocação em questão da concepção do homem como consciência e o abrir-se por ela mesma da profundidade da essência do tédio

§ 30. O fato de o passatempo não ser mais admitido permite a compreensão do tédio profundo em sua supremacia. O ser-obrigado a uma escuta do que o tédio profundo nos dá a entender

§31. Interpretação concreta do tédio profundo sob o fio condutor da serenidade vazia e da retenção

§ 32. O caráter temporal do tédio profundo

§ 33. A significação essencial da palavra “tédio” (o tempo longo): o tomar-se longo do tempo no tédio profundo como amplificação do horizonte temporal e eclipse do ápice de um instante

§ 34. Definição sintética do tédio profundo como indicação acentuada para a interpretação do tédio e como preparação para a pergunta por um tédio profundo determinado de nosso ser-aí atual

§ 35. A temporalidade em um modo determinado de sua temporalização como o propriamente entediante do tédio

§ 36. A avaliação vulgar do tédio e a repressão do tédio profundo

Quinto Capítulo – A pergunta sobre um tédio profundo determinado enquanto a tonalidade afetiva fundamental de nosso ser-aí atual

§ 37. Retomada da pergunta sobre um tédio profundo enquanto a tonalidade afetiva fundamental de nosso ser-aí

§ 38. A pergunta sobre o tédio profundo determinado na direção da serenidade vazia específica e da retenção específica

SEGUNDA PARTE – O QUESTIONAMENTO REAL DAS PERGUNTAS METAFÍSICAS A SEREM DESENVOLVIDAS A PARTIR DA TONALIDADE AFETIVA FUNDAMENTAL DO TÉDIO PROFUNDO. A PERGUNTA “O QUE É MUNDO?”

Primeiro Capítulo – As perguntas metafísicas a serem desenvolvidas a partir da tonalidade afetiva fundamental do tédio profundo

§ 39. As perguntas sobre mundo, singularização e fmitude como o que a tonalidade afetiva fundamental do tédio profundo de nosso ser-aí atual dá a perguntar. A essência do tempo como a raiz das três perguntas

§ 40. O modo como precisam ser formuladas as três questões

§ 41. O cerco feito às três perguntas pelo saudável entendimento humano e pela tradição

Segundo Capítulo – O começo do questionamento metafísico com a pergunta sobre mundo. O caminho da investigação e suas dificuldades

§ 42. O caminho da consideração comparativa de três teses diretrizes: a pedra é sem mundo, o animal é pobre de mundo e o homem é formador de mundo

§ 43. Dificuldade fundamental de conteúdo e de método em relação à determinação da essência e da acessibilidade da vida

§ 44. Recapitulação e uma nova introdução depois das férias; metafísica como um questionamento que se movimenta no cerne do conceito; despertar da tonalidade afetiva fundamental do tédio profundo; as perguntas metafísicas a serem desenvolvidas a partir da tonalidade afetiva fundamental. Diretivas para a compreensão correta do discurso acerca da tonalidade afetiva do filosofar

Terceiro Capítulo – O começo da consideração comparativa a partir da tese intermediária: o animal é pobre de mundo

§ 45. O caráter proposicional da tese e a relação entre metafísica e ciência positiva

§ 46. A tese “o animal é pobre de mundo” em relação com a tese “o homem é formador de mundo”. A relação entre pobreza de mundo e formação de mundo não aponta para nenhum nivelamento depreciador. Pobreza de mundo como privação de mundo

§ 47. A tese “o animal é pobre de mundo” em relação à tese “a pedra é sem mundo”. Ausência de mundo como ausência de acesso ao ente. Caracterização provisória do mundo como acessibilidade do ente

§ 48. O animal em seu ter e não-ter mundo: a conquista de uma base de sustentação para a clarificação do conceito de mundo

Quarto Capítulo – Iluminação da essência da pobreza de mundo do animal sobre o caminho da pergunta acerca da essência da animalidade, da vida em geral, do organismo

§ 49. A pergunta metodológica sobre a possibilidade de transpor-se para o interior de um outro ente (animal, pedra, homem) como a questão concreta sobre o modo de ser deste ente

§ 50. O ter e o não-ter mundo como poder-conceder a transposição e como precisar-recusar um acompanhamento. Pobreza (privação) como não-ter em meio ao poder-ter

§51. Começo de uma elucidação da essência do organismo

§ 52. A pergunta sobre a essência do órgão como a pergunta sobre o caráter de possibilidade próprio ao que pode fazer o animal. A serventia do utensílio como prontidão para algo. A utilidade do órgão como aptidão para algo

§ 53. A conexão concreta entre o ser-apto e o órgão que lhe é pertinente. Nesta conexão, o órgão está a serviço da aptidão, diferentemente da serventia do utensílio

§ 54. O que é apto traz consigo suas regras. Em contrapartida, o utensílio pronto se encontra subordinado a uma instrução. O impelir-se para o interior de seu para-quê como o caráter pulsional da aptidão

§ 55. O questionamento do desempenho do órgão posto a serviço: a colocação da questão a partir da aptidão que possui uma ligação com o serviço

§ 56. Elucidação ainda mais incisiva da essência até aqui clarificada da aptidão em função da determinação da essência (do caráter de totalidade) do organismo: a propriedade como modo de ser do animal sob a modalidade de ser da apropriação de si

§ 57. O organismo como o ser dotado de aptidões que se articula em aptidões criadoras de órgãos – o organismo como modo de ser da propriedade criadora de órgãos que surge a partir de uma tal dotação

§ 58. Comportamento e perturbação do animal

§ 59. Elucidação da estrutura do comportamento por sobre um caminho concreto: o estar-em-relação-a próprio ao comportamento animal em contraposição ao estar-em-relação-a próprio ao agir humano

§ 60. Abertura do comportamento e da perturbação. A que é que o animal se encontra ligado?

§61. Delimitação conclusiva do conceito essencial de organismo

Quinto Capítulo – Desdobramento da tese diretriz “o animal é pobre de mundo” a partir da interpretação conquistada da essência do organismo

§ 62. O estar-aberto na perturbação como um não-ter-mundo em meio à posse do elemento desinibidor

§ 63. Auto-objeção à tese segundo a qual o fato de o animal não ter mundo aponta para uma privação e uma pobreza do animal. Enfraquecimento subsequente desta objeção

Sexto Capítulo – Exposição temática do problema do mundo por sobre o caminho da discussão da tese “o homem é formador de mundo”

§ 64. Primeiros caracteres do fenômeno do mundo: a abertura do ente enquanto ente e o “enquanto”. A ligação com o ente como um deixar e um não-deixar-ser (assumir uma atitude em relação a, postura, ipseidade)

§ 65. A abertura indistinta dos diferentes gêneros de ente enquanto entes simplesmente dados e o adormecimento das relações fundamentais do ser-aí com o ente na cotidianidade

§ 66. A abertura própria à natureza vivente e o ser-transposto do ser-aí para o interior do contexto do círculo envoltório do vivente como a relação fundamental característica com ele. A multiplicidade dos gêneros do ser, sua possivel unidade e o problema do mundo

§ 67. A pergunta sobre o acontecimento da abertura como o ponto de partida para a pergunta sobre o mundo. Retomo à pergunta sobre a formação do mundo e sobre o mundo na direção trazida à tona pela interpretação do tédio profundo

§ 68. Circunscrição provisória do conceito de mundo: mundo como a abertura do ente enquanto tal na totalidade; clarificação geral da formação de mundo

§ 69. Primeira interpretação formal do “enquanto” como um momento estrutural da abertura

§ 70. Reflexão metodológica de princípio para a compreensão de todos os problemas e conceitos metafísicos. Duas formas fundamentais de má interpretação destes problemas e conceitos

§ 71. A tarefa do retomo à dimensão originária do “enquanto” a partir de uma interpretação da estrutura da proposição enunciativa

§ 72. A caracterização da proposição enunciativa (logos apophantikos) em Aristóteles

§ 73. Retomo ao fundamento da possibilidade do todo da estrutura do enunciado

§ 74. Formação de mundo como acontecimento fundamental no ser-aí. A essência como a vigência do mundo

§ 75. O “na totalidade” como o mundo e a enigmaticidade da distinção entre ser e ente

§ 76. O projeto como estrutura originária do acontecimento fundamental triplamente caracterizado da formação do mundo. A vigência do mundo como a vigência do ser do ente na totalidade em meio ao projeto do mundo, que deixa viger

APÊNDICE – A EUGEN FINK PELO SEU SEXAGÉSIMO ANIVERSÁRIO