Espinoza: fantasia corpórea

II. Pelo nome de ideia entendo aquela forma de qualquer pensamento por cuja percepção imediata sou cônscio desse mesmo pensamento.

De tal maneira que eu nada possa exprimir com palavras, entendendo o que digo, sem que por isso mesmo seja certo estar em mim a ideia do que é significado com aquelas palavras. E assim, não chamo de ideias as meras imagens pintadas na fantasia; ou melhor, de modo algum as chamo aqui de ideias enquanto estão na fantasia corpórea, isto é, pintadas em alguma parte do cérebro, mas apenas enquanto informam a própria mente voltada para aquela parte do cérebro.

III. Por realidade objetiva da ideia entendo a entidade da coisa representada pela ideia enquanto está na ideia.

E do mesmo modo pode-se dizer perfeição objetiva, ou artifício objetivo, etc.; pois tudo que percebemos como estando nos objetos das ideias está objetivamente nas próprias ideias. (PFCPM)