O espaço espacializa. Ele in-corpora. Ele libera proximidade e distância, confinamento e amplitude, lugares e intervalos. No espaçar do espaço, joga a clareira.
O tempo temporaliza. Ele libera o livre da unidade ek-stática de vigor de ter sido, futuro e atualidade. Nos tempos do tempo, joga a clareira.
E a unidade de espaço e tempo? O mútuo pertencer de ambos não é nem espacial e nem temporal. Mas é provavelmente no seu mútuo pertencer que vigora a clareira. Será porém que a clareira subsiste em si, sobre e ao lado do espaço e do tempo? Ou será que a clareira ilumina no modo do espaço e do tempo e de sua unidade enigmática? Será ainda que a clareira se esgota no espaçar do espaço e no temporalizar do tempo?
Questões e mais questões que um pensamento do tipo da filosofia nem sequer consegue colocar e muito menos responder. Tais questões pressionam o pensamento quando se torna digna de questão o que, para a filosofia, permanece fora de questão, ou seja, a vigência como tal. [Coisa do Pensamento]