Categoria: Ser e Tempo (SZ/GA02)

  • A imagem de Dilthey ainda hoje muito difundida é a seguinte: um intérprete “sutil” da história do espírito, em particular da história da literatura, que se empenha “também” na delimitação das ciências do espírito em face das ciências da natureza, atribuindo um papel privilegiado à história daquelas ciências do mesmo modo que à “psicologia” e…

  • Por desafastamento, como um modo-de-ser do Dasein quanto a seu ser-no-mundo, não entendemos algo assim como lonjura (estar perto) ou mesmo distância. Empregamos a expressão “desafastamento” em um significado ativo e transitivo. Ela significa uma constituição-de-ser do Dasein em relação à qual o afastar algo, pondo-o longe, por exemplo, é somente um modus determinado, factual.…

  • Os referidos fenômenos tentação, tranquilidade, estranhamento e ficar-preso-em-si-mesmo (das Verfängnis) caracterizam o específico modo-de-ser do decair. Essa “mobilidade” do Dasein em seu próprio ser, nós a denominamos de a precipitação. O Dasein precipita-se em si mesmo a partir de si mesmo, na falta-de-chão e na nulidade da cotidianidade imprópria. Mas essa precipitação lhe permanece encoberta…

  • O diante de que se tem medo, o que dá medo, o “temível” é cada vez um ente que-vem-de-encontro no-interior-do-mundo, um ente do modo-de-ser do utilizável, do subsistente ou do Dasein-com. Não se deve relatar onticamente acerca do ente que de muitas maneiras e no mais das vezes [399] pode “dar medo”, mas determinar fenomenicamente…

  • Em sentido grego, “verdadeira” e sem dúvida mais originária do que o referido λόγος, é a αϊσθησις, a simples percepção sensível de algo. Na medida em que uma αϊσθησις visa cada vez os seus ίδια, isto é, o ente que só é genuinamente acessível por ela e para ela, por exemplo, o ver para as…

  • Anteriormente se mostrou a maneira como, no mundo-ambiente imediato, um “mundo-ambiente” público já é cada vez utilizável como objeto de coocupação. No uso dos meios públicos de transporte, no emprego dos entes noticiosos (jornais), cada outro é como o outro. Esse ser-um-com-o-outro dissolve por completo o Dasein próprio, no modo-de-ser “dos outros”, e isto de…

  • El Dasein propio, lo mismo que la coexistencia de los otros, comparece inmediata y regularmente desde el mundo en común de la ocupación circunmundana. El Dasein, al absorberse en el mundo de la ocupación, y esto quiere decir también, en el coestar que se vuelve hacia los otros, no es él mismo. ¿Quién es entonces…

  • O atingir o todo do Dasein na morte é ao mesmo tempo a perda do ser do “aí”. A passagem ao já-não-ser-“aí” priva precisamente o Dasein da possibilidade de experimentar essa passagem e de entendê-la como experimentada. Em todo caso, semelhante experiência deve permanecer negada a cada Dasein relativamente a si mesmo. Tanto mais impositiva…

  • É a partir da expectativa de uma indicação útil das possibilidades de “ação”seguras, disponíveis e calculáveis que se sente a falta de um conteúdo “positivo” no que se apela. Essa expectativa funda-se no horizonte da ocupação que compreende e força a existência da presença à ideia de um todo negociável segundo regras. Tais expectativas que,…

  • O que Kant prova — admitindo-se que a prova e a sua base sejam corretas — é o ser simplesmente dado necessariamente em conjunto de um ente que se transforma e um que permanece. Essa equiparação de dois seres simplesmente dados ainda não diz o simplesmente dar-se em conjunto de sujeito e objeto. E mesmo…