befehlen, comandar, mandar, ordenar, Befehl, mando, leiten, führen, kommandieren, Herumkommandieren
A vontade (Wille) não é nenhum desejar (Wünschen) nem nenhum mero aspirar (Streben) a algo, mas querer é em si o mandar (Befehlen) (cf. Assim Falava Zaratustra I e II Partes; além disso, A Vontade de Poder A. 668 a. d.J. 1888). Isto tem a sua essência em quem manda ser senhor (Befehlende Herr) no dispor sapiente (wissenden Verfügen) das possibilidades do actuar eficiente (Möglichkeiten des handelnden Wirkens). Aquilo que no mando é ordenado é o cumprimento deste ter à disposição (Vollzug dieses Verfügens). No mando, quem manda (e não só quem executa) obedece a este ter à sua disposição (Verfügen) e poder dispor (Verfügenkönnen), e assim obedece-se a si mesmo. Deste modo, quem manda tem supremacia sobre si mesmo (Selbstüberwindung), na medida em que ainda se arrisca a si mesmo. Mandar, o que deve ser diferenciado do mero comandar (Herumkommandieren) os outros, é ultrapassar-se a si mesmo, e é mais difícil que obedecer (Gehorchen). A vontade é o empenhar-se no que está dado como tarefa. Só aquele que não sabe obedecer a si mesmo tem de propriamente ainda ser mandado. (GA5:234; GA5BD:270)
Comandar é, antes de mais nada, o erigir e o risco dessa requisição, a descoberta criadora de sua essência e do estabelecimento de seu direito. Esse comandar essencialmente visado é sempre mais difícil do que a obediência no sentido da obediência a um comando já dado. O comandar propriamente dito é uma obediência em relação àquilo que quer ser assumido em meio a uma livre responsabilidade — que talvez queira mesmo ser, antes de tudo, criado. O comandar essencial instaura, antes de mais nada, o para-onde e o para-quê. Comandar como anúncio de uma requisição já indicada e comandar como instauração dessa requisição e da decisão nela presente são coisas fundamental-mente diversas. O comandar e o poder-comandar originários emergem (475) sempre apenas de uma liberdade, são eles mesmos uma forma fundamental do ser-livre propriamente dito. A liberdade é — no sentido simples e profundo com o qual Kant concebe a sua essência — em si criação poética: o fundar sem fundamento de um fundamento, na medida em que fornece a si mesma a lei de sua essência. O comandar não tem em vista outra coisa. (GA6T2:610; GA6Casanova:474-475)
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