Aho & Aho: LEIB – KÖRPER – CORPO

nossa tradução

Körper é uma referência ao corpo corporal, o que somos como entes fisiológicos, neurológicos e esqueléticos. É o que o filósofo preeminente da modernidade, René Descartes (1596-1650), se refere como aquele aspecto de nós “estendido no espaço”, visível aos olhos e, portanto, sujeito à investigação científica. Por outro lado, Leib se preocupa em como experimentamos esse matéria física em nossas vidas cotidianas. Se Körper é o corpo abstrato em geral, um objeto entre outros que está simplesmente “aí”, Leib é meu corpo em particular, minha vida aqui e agora, o que sou como uma pessoa volitiva e sensível. É o que vejo, penso e lembro sobre minha própria pele e ossos, e como me sinto sobre eles. Para expressar de maneira diferente, Leib é a maneira como tipicamente “nos desenvolvemos” (leiben) no mundo, como nos comportamos na maior parte do tempo, dada nossa história e cultura. Husserl e seus colegas argumentam que, por mais úteis que sejam as métricas objetivas de Körper – isto é, na avaliação da ingestão calórica, pressão arterial, perfis lipídicos, antígenos específicos da próstata e outros -, elas são inadequadas para capturar as experiências cotidianas apetite, estresse, dor no peito ou micção noturna frequente. A medição científica do corpo, em outras palavras, negligencia a experiência real vivida da incorporação.

Original

Körper is a reference to the corporeal body, what we are as physiological, neurological, and skeletal beings. It is what modernity’s preeminent philosopher, Rene Descartes (1596-1650), refers to as that aspect of ourselves “extended in space,” visible to the eye, and hence subject to scientific investigation. In contrast, Leib concerns how we experience this physical matter in our everyday lives. If Körper is the abstract body-in-general, one object among others that is simply “there,” Leib is my body in particular, my life here and now, what I am as a volitional, sensing person. It is what I see, think, and remember about my own skin and bones, and how I feel about them. To express it differently, Leib is the way we typically “body forth” (leiben) into the world, how we comport ourselves for the most part given our history and culture. Husserl and his colleagues argue that however helpful the objective metrics of Körper may be — that is, in assessing caloric intake, blood pressure, lipid profiles, prostate specific antigens, and the like — they are inadequate when it comes to capturing the everyday experiences of appetite, stress, chest pain, or frequent nightly urination. The scientific measurement of the body, in other words, overlooks the actual lived experience of embodiment. (p. 1-2)