Welt-Geschichte, história do mundo, historia universal, histoire mondiale
Es lo que aparece en primer plano en la expresión «mundo» (en alemán Welt). Sin embargo, también este término es equívoco, predominantemente sigue significando hoy todavía el conjunto del ente en el sentido del cosmos, de la naturaleza. Sin embargo, hablamos también (en alemán) de Weltgeschichte, de historia mundial, de historia del mundo, es decir, de historia universal; y con esta expresión, es decir, con la expresión Welt-geschichte (“historia universal”), nos estamos refiriendo a la historia en conjunto, a la historia universal, pero separando y excluyendo expresamente de ella el discurrir (o la historia) de la naturaleza como tal. (GA27ES)
Numa primeira aproximação e na maior parte das vezes, a presença (Dasein, ser-aí) se compreende a partir do que vem ao encontro no mundo circundante e daquilo de que se ocupa numa circunvisão. Este compreender não é um mero registro de si, que apenas acompanharia todos os comportamentos da presença (Dasein, ser-aí). Compreender significa projetar-se em cada possibilidade de ser-no-mundo, isto é, existir como essa possibilidade. Assim, compreender enquanto compreensibilidade também constitui a existência imprópria do impessoal (das Man). Numa convivência pública, o que vem ao encontro da ocupação cotidiana não é apenas o instrumento e a obra, mas também aquilo que com eles se “dá”: os “negócios”, empreendimentos, incidentes, acidentes. O “mundo” é, ao mesmo tempo, solo e palco, pertencendo, como tal, à ação e à transformação cotidianas. Na convivência pública, os outros vêm ao encontro nesses empreendimentos em que o “impessoalmente-si-mesmo” “também navega”. O impessoal (das Man) sempre conhece, discute, favorece, combate, mantém e esquece, primordialmente, na perspectiva daquilo que se empreende e daí “emerge”. Sempre calculamos, de imediato, o prosseguimento, a interrupção, a inversão e o “resultado” de cada presença (Dasein, ser-aí) singular a partir do andamento, do estado, da mudança e da disponibilidade daquilo de que se ocupa. Por mais trivial que possa ser a referência à compreensão de presença (Dasein, ser-aí), no sentido de compreensibilidade cotidiana, do ponto de vista ontológico, ela não é, de forma alguma, transparente. Mas por que, então, não se pode determinar o “nexo” da presença (Dasein, ser-aí) a partir das ocupações e das “vivências”? Instrumento, obra e tudo o mais em que a presença (Dasein, ser-aí) se detém não pertencem à “história”? Será então o acontecer da história apenas o transcurso isolado de “fluxos vivenciais” em sujeitos singulares?
De fato, a história não é o contexto dos movimentos de alteração do objeto nem a sequência de vivências soltas do “sujeito”. Será que o acontecer da história diz respeito ao “encadeamento” de sujeito e objeto? Se o acontecer já remete à relação sujeito/objeto então ainda é preciso questionar o modo de ser deste encadeamento como tal, caso este encadeamento seja o que, no fundo, “acontece”. A tese da historicidade da presença (Dasein, ser-aí) não afirma que é histórico o sujeito sem mundo mas sim o ente que existe como ser-no-mundo. O acontecer da história é o acontecer de ser-no-mundo. Em sua essência, historicidade da presença (Dasein, ser-aí) é historicidade de mundo que, baseada na temporalidade ekstática e horizontal, pertence à sua temporalização. Como a presença (Dasein, ser-aí) existe faticamente, também vem ao encontro o que se descobriu dentro do mundo. Com a existência do ser-no-mundo histórico, tanto o manual quanto o ser simplesmente dado sempre já estão inseridos na história do mundo. Instrumento e obra, os livros, por exemplo, têm seu “destino”, construções e instituições têm sua história. Mas também a natureza é histórica. Sem dúvida ela não o é quando falamos de “história da natureza”1 e sim como paisagem, região de exploração e ocupação, como campo de batalha e lugar de culto. Como tal, este ente intramundano é histórico e sua história não significa algo “exterior” que simplesmente acompanha a história “interior” da “alma”. Chamamos este ente de pertencente à história do mundo. Deve-se, no entanto, atentar para o duplo significado da expressão “história do mundo”, aqui entendida ontologicamente. Significa, por um lado, o acontecer do mundo, em sua unidade existente e essencial com a presença (Dasein, ser-aí). Mas, na medida em que, junto com o mundo faticamente existente, entes intramundanos são sempre descobertos, também significa o “acontecer” intramundano do manual e do ser simplesmente dado. Com efeito, o mundo só é histórico enquanto mundo dos entes intramundanos. O que “acontece” com o instrumento e a obra como tais possui um caráter próprio de movimentação que permanece, até agora, inteiramente obscuro. Um anel, por exemplo, ao ser “presenteado” e “usado” não sofre, nesse ser, apenas mudanças de lugar. A movimentação do acontecer em que algo “acontece com ele” não se deixa apreender a partir do movimento, entendido como mudança de lugar. Isso vale para todos os “processos” e acontecimentos pertencentes à história do mundo e, de certo modo, também para as “catástrofes naturais”. Mesmo desconsiderando que ultrapassaria os limites do tema, não podemos aprofundar aqui o problema da estrutura ontológica do acontecer próprio da história do mundo. Pois o propósito dessa exposição é conduzir ao enigma ontológico da movimentação do acontecer em geral. (STSchuback:480-481)
VIDE: (Welt-Geschichte->http://hyperlexikon.hyperlogos.info/modules/lexikon/search.php?option=1&term=Welt-Geschichte)
N17 Welt-Geschichte. Il n’est pas possible de traduire Welt-Geschichte (présence du tiret et de la majuscule G) comme on l’a fait pour Weltgeschichte (histoire universelle). Il s’agit donc, là encore, d’une apposition qu’il faut traiter comme telle. J’observe que le contexte, et la traduction qui sera adoptée pour Welt-Geschichtlich interdisent que l’on traduise par histoire du monde. (ETJA)
No que se refere à questão da delimitação ontológica do “acontecer da natureza” frente à movimentação da história, cf. as considerações, que ainda não foram suficientemente reconhecidas em seu valor, de GOTTL, F. Die Grenzen der Geschichte (1904). ↩