Tradução do capítulo 2, em andamento
Capítulo II — Níveis de Ser
O ANIMAL
Da planta ao animal, há um salto semelhante, uma adição similar de poderes que permitem o típico animal totalmente desenvolvido fazer coisas que estão totalmente fora do leque de possibilidades da típica planta, totalmente desenvolvida. Esses poderes, novamente, são misteriosos e, a rigor, sem nome. Podemos nos referir a eles pela letra “y”, que será o caminho mais seguro, pois qualquer palavra-rótulo que possamos associar a eles pode levar as pessoas a pensar que tal designação não foi apenas uma sugestão a sua natureza, mas uma descrição adequada. No entanto, uma vez que não podemos falar sem palavras, vou juntar a estes misteriosos poderes o rótulo de consciência. É fácil reconhecer a consciência em um cão, um gato ou um cavalo, nem que seja porque eles podem ser tornados inconscientes: o processo da vida continua como em uma planta, embora o animal tenha perdido seu poderes peculiares.
Se a planta, em nossa terminologia, pode ser chamado m + x, o animal tem que ser descrito como m + x + y. Além disso, o novo fator “y” é digno de nossa atenção, somos capazes de destruir, mas não criá-lo. Tudo o que podemos destruir, mas somos incapazes de fazer é, em certo sentido, sagrado, e todos as nossas “explicações” disso, de fato não explicam nada. Mais uma vez podemos dizer que y é algo completamente novo e adicional, quando comparado com o nível de “vegetal” – outra descontinuidade ontológica, um outro salto no Nível de Ser.