Schon-sein-bei

être-déjà-auprès (ETEM)
being-already-together (BTJS)

Being-already-together with (Schon-sein-bei), 61, 109, 277 (BTJS)


Não é possível ser para nós, sem que esteja inexoravelmente em jogo (Spiel) uma coisa, com a qual precisamos lidar (Umgang). Para ser é preciso nascer em um hospital ou em uma banheira, com um médico ou uma parteira, por intermédio de uma cirurgia levada a termo com bisturi em cima de uma cama ou de uma tesoura que nos espera ao sairmos da água. Não podemos sair à rua sem nos vestirmos, comer sem os talheres que nos auxiliam na alimentação e sem os utensílios (Zeug) indispensáveis para o cozimento dos alimentos, nos movimentar sem o carro, o ônibus, o metrô etc. Não é simplesmente pensável ser sem que os entes intramundanos (innerweltliche Seiende) estejam em questão. O acontecimento do ser-em (In-Sein), por conseguinte, traz sempre consigo o estar junto (Sein-bei) aos entes que vêm ao nosso encontro no mundo, seguindo uma formulação que se nos mostrará central no parágrafo 41 de Ser e tempo (EtreTemps41). Assim, a partir da análise do ser-em, descobrimos já duas coisas: para o ser-aí humano (Dasein), ser-em significa em primeiro lugar morar, habitar (Aufenthalt), se manter, e, em segundo lugar, a morada (Haus) é incessantemente experimentada como ser-junto-a ou, na formulação poética da tradutora portuguesa de Heidegger, Irene Borges Duarte, ser-à-beira-de. (MACMundo1:51)