Santos Simbolismo 11

ONZE
Neste sentido, o 11 pode ser interpretado como o tender a ofender a natureza das coisas, tender que é estimulado, que é tentado, dai o tentador, que simboliza o mal. Considerava Santo Agostinho o 11 como a armadura do pecado.

Também é o 11 visto apenas como um desequilíbrio, uma assimetria, como o vêem os chineses que atribuem (igualmente o expõe as leis de Manu dos hindus) ao homem, 11 vísceras, dominadas pelas duas polaridades Yang (princípio masculino, o Animus, com 5) e Yin (princípio feminino, com 6 vísceras), o que afirma um desequilíbrio fundamental, no corpo, que é, por isso, transitório e corruptível.

Tudo quanto tende a realizar a corrupção de uma coisa são as disposições prévias de que falavam os escolásticos, e elas surgem do equilíbrio-desequilíbrio, do equilíbrio dinâmico dos corpos, que conhecem apenas uma imitação da harmonia, nunca alcançando-a totalmente (como diria um pitagórico), pois a harmonia perfeita só se poderia dar pela fusão, identificação dos opostos, o que se dá apenas na divindade.

Dessa forma, todos os seres seriam corruptíveis. Mas o ser corruptível não implica uma corrupção necessária, pois o ser supremo poderia criar seres corruptíveis ou até destrutíveis, sem que sejam destruídos pela ação da sua vontade,

como se poderia concluir na angelologia, onde os anjos, como leis das leis ou como seres espirituais, são incorrompíveis sem ser incorruptíveis.

Noutras concepções, como na teosófica, o 11 corresponde ao binário, pois sua soma é 2, o que é uma conclusão panteística.

Outros consideram o 11 como a união do 10 cósmico e da divindade transcendental. Neste caso, o 11 corresponderia às duas grandes unidades: a unidade divina e a unidade cósmica, como união do ponto de partida o Um, e o ponto de chegada ao 1 cósmico, como corresponderia aos panteístas (tudo-em-Deus).