vengeance, revenge
vingança
Heidegger (2001, p. 49) menciona uma resposta de Nietzsche à pergunta sobre o representar (vorstellen) que condiciona e domina amplamente e de antemão todo o piscar (Augenblick). Em Assim falou Zaratustra, sob o título Da libertação, Nietzsche diz: “O espírito da vingança: meus amigos, até agora isso foi o melhor do pensamento reflexivo do homem; e onde havia sofrimento, ali devia sempre estar o castigo”.
E Heidegger explica que vingança significa empurrar, impelir, perseguir, tocaiar, tanto que, então, o pensar perseguidor, o re-presentar do homem até agora é determinado pela vingança, pela perseguição. Para deixar de ser assim, qual seria o caminho, qual seria a ponte para Nietzsche? Em que Nietzsche pensa mesmo, que não se expressa sempre da mesma maneira? No mesmo livro mencionado, no trecho intitulado “Das tarântulas”, Zaratustra expressa o que se procura: “Pois, que o homem seja libertado da vingança: isto para mim é a ponte para a suprema esperança e um arco-íris depois de muitas tempestades”.
E, em seguida, a solução do filósofo: “Pois, que o homem seja libertado da vingança: isto para mim é a ponte para a suprema esperança e um arco-íris depois de muitas tempestades”. (SCHNEIDER, Paulo Rudi. O Outro Pensar. Sobre Que significa pensar? e A época da imagem do mundo de Heidegger. Ijuí: Unijuí, 2005, p. 117-118)