Offenständigsein

Offenständigsein, estar-aberto, estar-abiertamente, being-open, être ouvert à

Em geral, Heidegger utiliza o verbo “descerrar” muito mais frequentemente em locuções pretéritas,10 e, por isso, faz sentido orientar-se por elas. Se levarmos em consideração, além disso, que Heidegger elucida “descerramento” como “estar-aberto” (SZ, 75), então fica ainda mais claro que não se trata aqui de uma atividade: se está “aberto”, e somente se se está assim, pode-se então agir de uma maneira determinada. O “estar-aberto” de que se trata nas sentenças citadas não é nenhum estar aberto para determinados empreendimentos, mas sim um estar aberto para o ente (Seiende), uma vez que esse pode ser interpretado em meio à lida com ele. Portanto, o que está em jogo aqui é o estar-aberto para o ente (Seiende), uma vez que ele é caracterizado pela “conjuntura”. Nesse sentido, Heidegger também não pode falar apenas de “totalidade referencial”. Ao contrário, ele precisa falar ao mesmo tempo (Zeit) de “totalidade conjuntural”. Se se afirma da totalidade conjuntural que ela precisaria ser “descerrada”, então tem-se em vista com isso o fato de o ente (Seiende) estar de tal modo “aberto” que sempre já se possa assumir uma atitude em meio à lida com ele. Dito de outra maneira, se “está aberto” para a abertura do ente (Seiende). “Abertura” e “estar-aberto” são apenas dois aspectos do mesmo fenômeno. A “abertura” designa o que é passível de descoberta e o “estar aberto”, a possibilidade do descobrir. A possibilidade do descobrir não pode ser ela mesma descoberta; ela não é nada além do ser-no-mundo mesmo, do qual Heidegger também diz que é “compreendido”. (Günter Figal)


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