suite de maintenant
succession of “nows”
NT: Now (jetzt), 325, 338 n. 3, 373, 378, 406-411, 414, 416-418, 421-427, 430-432, 432 n. 30; now-here (Jetzt-hier), 421, 430; now-point (Jetzt-Punkt), 430; now that (jetzt, da …), 406-408, 410-411, 414, 422; now-time (Jetzt-Zeit), 421, 423, 426; just now (soeben), 407, 424; multiplicity of “nows” (Jetztmannigfaltigkeit), 417; saying “now” (Jetzt-sagen), 406, 408, 416, 418, 421; succession of “nows” (Jetzt-folge), 329, 373, 422-426, 431-432; stream of “nows” (Jetzt-fluss), 410, 436 (BTJS)
Cotidianamente, conduzido pela lida circunvisiva (umsichtige Umgang) com o campo utensiliar (innerweltlich Zuhandenen) no qual desponta a cada vez aquilo que se precisa fazer, o ser-aí (Dasein) salta de uma ação (Handeln) para a próxima sempre sucessivamente. Agora algo se faz presente, algo se faz presente, algo se faz presente e assim por diante. O tempo presente (Gegenwärtigen), com isso, experimenta uma fluidificação e vive radicalmente de uma infinitude de “agoras” (Jetzt) em uma posição sequencial. O que a cada vez acontece se perde na vertiginosidade com a qual as atividades vão se dando. O cotidiano (alltäglich), portanto, é momentâneo, na medida em que temos sempre um momento saindo do outro. Exatamente por isso, não há como experimentar cotidianamente a situação: não há aqui experiência alguma do que a cada vez se faz, mas o que a cada vez se faz logo se torna o que se fez, dando lugar a uma nova e cada vez mais nova ação. (…) Não é a sucessão de agoras que condiciona a experiência do instante (Augenblick), mas a sucessão de agoras só é possível como modulação da temporalização (Zeitigung) originária do presente como instante; e isso porque só é possível pensar o agora como estando no tempo, como fenômeno “intratemporal” (Innerzeitigkeit). A questão é que não há tempo (Zeit) sem que a temporalização se dê, de tal modo que a simples constatação dos agoras nos induz em erro. Não é a intratemporalidade que viabiliza a temporalidade existencial, mas a temporalidade existencial que abre a possibilidade de pensar algo assim como intratemporalidade. Juntamente com o porvir, portanto, que se revela como expectação na cotidianidade (Alltäglichkeit), o instante se modula aqui em agora. E não apenas em agora pontual, mas em sucessão de agoras que se movimentam na direção do infinito. (MACMundo2:170-171)