Intentionalität

Intentionalität, intencionalidade, intencionalidad, intentionality

“Intentionality” is a property, typically attributed to mental states, whereby those states are directed toward or about something. As Brentano famously put it:

in presentation, something is presented, in judgment something is affirmed or denied, in love loved, in hate hated, in desire desired, and so on. (Brentano 1973, 88)

Heidegger himself introduces the term in deliberately similar fashion:

Intentio literally means directing-itself-toward. Every lived experience, every psychic comportment, directs itself toward something. Representing is a representing of something, recalling is a recalling of something, judging is a judging about something, presuming, excepting, loving, hating — of something. (GA20:37; see similarly GA24:80-81)

This technical term is central to both the phenomenological tradition and much analytic philosophy of mind and language; its modern history can be traced to Brentano, who revives the term from scholastic thought. However, the very centrality of the concept makes it hard to give a neutral characterization of it.

Heidegger’s attitude toward intentionality is complex. On the one hand, he is often willing to frame his own concerns regarding meaning and Dasein in terms of intentionality. For example, he states that “intentionality belongs to the existence of Dasein” (GA24:224), that “phenomenology is the analytic description of intentionality in its a priori” (GA20:108). On the other hand, he is clear that existing accounts of “intentionality” are radically inadequate (GA24:30). He often makes this point by employing the term “transcendence” instead:

Transcendence, being-in-the-wosld, is never to be equated and identified with intentionality. (GA26:215) (CHL)


VIDE: (Intentionalität->http://hyperlexikon.hyperlogos.info/modules/lexikon/search.php?option=1&term=Inten)

intentionnalité
intentionality

NT: Intentionality, intentional acts (Intentionalität, intentionale Akte), 48, 363 n. 22. See also Directing itself toward; Phenomenology (BTJS)


O que caracteriza propriamente o movimento inicial da analítica existencial (existenziale Analytik) é antes de tudo a redução do ser (Sein) do homem (Mensch) à pura intencionalidade. Nós somos radicalmente intencionalidade. Não consciências intencionais, não sujeitos (Subjekt) intencionais, mas única e exclusivamente intencionais. Dizer isso implica ao mesmo tempo afirmar que o ser do homem é constituído por aquele elemento da intencionalidade que propriamente a caracteriza, que essencialmente a constitui, que revela seu traço estrutural mais determinante. O elemento sem o qual a intencionalidade perde todo e qualquer sentido é justamente a sua dinâmica ekstática (Ekstase) originária. Intencionalidade, em seu étimo primordial, significa literalmente “tender para o interior de” (in-tentio). No caso da descrição husserliana da essência da consciência (Bewusstsein), a consciência é intencional exatamente porque, no momento mais originário em que ela é, ou seja, no momento em que se inicia a sua vida como consciência, ela se vê imediatamente projetada, lançada para fora em direção ao campo de autoconstituição dos objetos (Objekt). Assim, toda consciência é aqui “consciência de”. Não porque sempre há um objeto que a consciência apreende, mas porque a vida da consciência sempre a coloca intencionalmente em contato com os objetos no campo de realização mesmo das experiências de consciência. Portanto, ao reduzir a consciência intencional husserliana à pura e simples ekstase, o que Heidegger faz é literalmente afirmar que o homem é constituído originariamente por um movimento de ser para fora. Contra o pressuposto moderno mais evidente, contra a posição, por exemplo, fichtiana de que toda consciência sempre é necessária e originariamente consciência de si, Heidegger suprime toda e qualquer possibilidade de se falar de uma interioridade inicial que condicionaria em seguida a experiência da exterioridade. Nós nunca estamos primeiro dentro, para posteriormente experimentarmos o fora, mas, ao contrário, nós já estamos sempre fora, jogados em um campo para o qual toda inferioridade não apenas é inacessível, mas também inútil. Esse estado de coisas, então, traz consigo uma série de consequências, que precisamos ter em vista para acompanhar a reconstrução da descrição fenomenológica do existir, que é levada a termo desde o princípio por Heidegger. (MACMundo1:31-32)