Herstellung, produção, production
Tudo agora depende de se pensar a pro-dução e o pro-duzir em toda a sua amplitude e, ao mesmo tempo, no sentido dos gregos. Uma pro-dução, poiesis, não é apenas a confecção artesanal e nem somente levar a aparecer e conformar, poética e artisticamente, a imagem e o quadro. Também physis, o surgir e elevar-se por si mesmo, é uma pro-dução, é poiesis. A physis é até a máxima poiesis. Pois o vigente physei tem em si mesmo (en heauto) o eclodir da pro-dução. Enquanto o que é pro-duzido pelo artesanato e pela arte, por exemplo, o cálice de prata (v. causas), não possui o eclodir da pro-dução em si mesmo, mas em um outro (en allo), no artesão e no artista.
Assim, os modos do deixar-viger, as quatro causas, jogam no âmbito da pro-dução e do pro-duzir. É por força deste último que advém a seu aparecimento próprio, tanto o que cresce na natureza como também o que se confecciona no artesanato e se cria na arte.
Mas como é que se dá e acontece a pro-dução e o pro-duzir, seja na natureza, seja no artesanato, seja na arte? O que é a pro-dução e o pro-duzir em que jogam os quatro modos de deixar-viger? O deixar-viger concerne à vigência daquilo que, na pro-dução e no pro-duzir, chega a aparecer e apresentar-se. A pro-dução conduz do encobrimento para o desencobrimento. Só se dá no sentido próprio de uma pro-dução, enquanto e na medida em que alguma coisa encoberta chega ao des-encobrir-se. Este chegar repousa e oscila no processo que chamamos de desencobrimento. Para tal, os gregos possuíam a palavra aletheia. Os romanos a traduziram por veritas. Nós dizemos “verdade” e a entendemos geralmente como o correto de uma representação. (GA7PT)
VIDE: (Herstellung->http://hyperlexikon.hyperlogos.info/modules/lexikon/search.php?option=1&term=Herstellung)
production
NT: Production (Herstellung), 24, 61, 67, 70-71, 80, 85, 92, 99, 117, 261, 352, 355, 358-359, 414-415, 435; essential structural moment of the ancient concept of being, 24; of clocks, 414-415; production of the things at hand, 261, 352; production of signs, 80-91; production of work, 67, 69-71, 117, 353; production and creation, 24, 92; production as mode of being-in, 56, 61. See also Making present (BT)
La identidad del ser y la nada es dicha partir de la diferencia ontológica. ¿Pero en qué dimensión se mueve la determinación hegeliana considerada a partir de la diferencia ontológica? La proposición de Hegel no conduce a la diferencia ontológica: es, como lo indica el título mismo de la obra de Hegel, una frase ontológica. En efecto, toda la Lógica es un conjunto de proposiciones ontológicas enunciadas bajo la forma dialéctico-especulativa, a partir de lo cual se comprende que la Lógica reúna los pensamientos de Dios antes de la creación. ¿Pero qué quiere decir “creación”? Creación es creación del mundo. En alemán: Herstellung, en griego: poiesis. Son creados los entes. ¿De qué tiene necesidad, sin embargo, la producción de entes? Es necesario considerar aquí el ejemplo aristotélico del arquitecto. El arquitecto crea a partir del eidos. Antes de la creación, Dios piensa el eidos del mundo, es decir la totalidad de las categorías. Tal es el sentido de la ontología o Lógica hegeliana. Presenta tal cual la ontología en la que Dios toma la medida de su creación. 16012 Heideggeriana: SeminarioThor1969