Heidegger conecta ambos os conjuntos de palavras (Wirklichkeit e actualitas) com o fazer ou produção (poiesis) de Dasein (GA24, 143, 147). Considera, no entanto, wirklich como “produzido” (hergestellt) ao invés de “produtivo”, e Wirklichkeit como “o fato de ter sido produzido” (Hergestelltsein) (GA24, 159ss). (O sufixo -lich pode ser passivo: lieblich é “o que se ama ou se pode amar lieben)” e não “o que ama”.) Isto não necessariamente faz com que o atual dependa demasiadamente de Dasein: o produtor deixa o produto seguir seu próprio caminho (GA24, 160). Nem tudo é produzido por Dasein (GA24, 162ss), mas Dasein considera o ente em função de sua própria produção (156), de modo que os pensadores medievais viam tudo como criação de Deus (167s). Mais tarde, Heidegger relaciona esse termo à tecnologia (techne), para a qual tudo é subordinado à ilimitada atividade produtiva do homem, à prioridade da atualidade (actualitas) na metafísica (GA65, 147, 246, 475). (DH:148)