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Gewesenseins

quarta-feira 24 de janeiro de 2024

wesen: essenciar-se, estar-a-ser
Abwesen (s) / Abwesende (s): o-estar-ausente, ausência / o-que-está-ausente
anwesen / Anwesen (s): vir-à-presença, estar-presente / o-estar-presente, o vir-à-presença
anwesend / Anwesende (s): presente, que está presente / o que-está-presente, o que-vem-à-presença
Anwesenheit (e): presença, estar-em-presença (cf. Präsenz)
Gewesene (s) / Ge-wesene (s): o sido, aquilo que foi / o sido, o já essenciado
Wesen (s) / Unwesen (s): essência, estar-a-ser, ser / anti-essência, abuso da essência, in-essência
Wesende (s): o-que-se-essencia, o que-está-a-ser
Wesenheit (e): essencialidade
Wesensblick ®: o olhar-que-vê-a-essência [GA5BD  ]

Esquecer continua sendo importante depois de SZ  . Ele é o "modo dominante do vigor-de-ter-sido [Gewesenseins], i.e., surge da ilusão de que o que foi [das Gewesene] já não ‘está’ mais aí e de que Dasein, enquanto puder, na compreensão de si, retornar para si mesmo a partir de seu pode-ser, apenas volta para aquilo que é correntemente presente, que acabou de fechar a porta atrás dele para o vigor-de-ter-sido. Mas fechar a porta para ele é também sempre um modo de temporalizar [Zeitigung] o vigor-de-ter-sido, de, ao seu modo, apresentar para o ser aquilo que foi" (GA26  , 267). Heidegger discute com Platão  : "nosso contato com o ser baseia-se não na anamnese [reminiscência], […] mas em um esquecer, esquecer que retornamos [do sermos lançados no projeto]. […] Então tudo que permanece é o retorno: a retenção da entidade (ideia [platônica]), que é um esquecimento do que ocorreu no acontecimento" (GA65  , 453). Heidegger deve muito ao Fedro de Platão; interpreta a sua explicação das nossas almas decaídas, esquecidas do que vimos antes da nossa queda mas que, pouco a pouco, passam a recordar, em função da nossa compreensão, e esquecimento, do ser (cf. GA6T1  :218ss).

"O vigor-de-ter-sido surge de certa forma a partir do futuro" (SZ, 326). [DH  ]