wesen: essenciar-se, estar-a-ser
Abwesen (s) / Abwesende (s): o-estar-ausente, ausência / o-que-está-ausente
anwesen / Anwesen (s): vir-à-presença, estar-presente / o-estar-presente, o vir-à-presença
anwesend / Anwesende (s): presente, que está presente / o que-está-presente, o que-vem-à-presença
Anwesenheit (e): presença, estar-em-presença (cf. Präsenz)
Gewesene (s) / Ge-wesene (s): o sido, aquilo que foi / o sido, o já essenciado
Wesen (s) / Unwesen (s): essência, estar-a-ser, ser / anti-essência, abuso da essência, in-essência
Wesende (s): o-que-se-essencia, o que-está-a-ser
Wesenheit (e): essencialidade
Wesensblick (r): o olhar-que-vê-a-essência (GA5BD)
Esquecer continua sendo importante depois de SZ. Ele é o “modo dominante do vigor-de-ter-sido (Gewesenseins), i.e., surge da ilusão de que o que foi (das Gewesene) já não ‘está’ mais aí e de que Dasein, enquanto puder, na compreensão de si, retornar para si mesmo a partir de seu pode-ser, apenas volta para aquilo que é correntemente presente, que acabou de fechar a porta atrás dele para o vigor-de-ter-sido. Mas fechar a porta para ele é também sempre um modo de temporalizar (Zeitigung) o vigor-de-ter-sido, de, ao seu modo, apresentar para o ser aquilo que foi” (GA26, 267). Heidegger discute com Platão: “nosso contato com o ser baseia-se não na anamnese (reminiscência), (…) mas em um esquecer, esquecer que retornamos (do sermos lançados no projeto). (…) Então tudo que permanece é o retorno: a retenção da entidade (ideia (platônica)), que é um esquecimento do que ocorreu no acontecimento” (GA65, 453). Heidegger deve muito ao Fedro de Platão; interpreta a sua explicação das nossas almas decaídas, esquecidas do que vimos antes da nossa queda mas que, pouco a pouco, passam a recordar, em função da nossa compreensão, e esquecimento, do ser (cf. GA6T1:218ss).
“O vigor-de-ter-sido surge de certa forma a partir do futuro” (SZ, 326). (DH)