Gebilde

Bild (s): imagem, forma
bilden: dar forma
Einbildungskraft (e): imaginação, capacidade imaginativa (A)
Gebilde (s): formação, criação, o formado (A)
Vorbild (s): modelo (GA5BD)

Numa nota (1887/88), Nietzsche diz o que compreende por valor (A Vontade de Poder. A. 715): «O ponto de vista do “valor” é o ponto de vista das condições de manutenção-aumento na perspectiva (Hinsicht) de formações (Gebilde) complexas de relativa duração de vida dentro do devir». (tr. Borges-Duarte et alii; GA5: A palavra de Nietzsche “Deus morreu”)

Qual é a essência do desamparo, se este consiste na objectivação que se baseia na imposição propositada? Aquilo que nos enfrenta como objecto do mundo torna-se permanente na elaboração representativa. Este representar presentifica (präsentiert). Mas este presente (das Präsente) está presente (präsent) num representar de índole calculista. Este representar não tem nada de intuitivo. Perde-se o intuível do aspecto das coisas, a imagem, que estas oferecem à intuição imediata dos sentidos. A elaboração calculista da técnica é um “fazer sem imagem” (Elegia IX). A imposição propositada, nos seus projectos, obstrui a imagem intuitiva, colocando à sua frente a proposta duma formação (Gebilde) apenas calculada. Quando o mundo entra na objectualidade da formação inventada, então é colocado no insensível e invisível. Aquilo que, assim, ganha um carácter constante, deve a sua presença a um colocar cuja acção pertence à res cogitans, i.e., à consciência. Esta esfera da objectividade dos objectos permanece limitada ao interior da consciência. O invisível dos objectos pertence ao interior da imanência da consciência. (tr. Borges-Duarte et alii; GA5: Para quê poetas?)