Todavia, se fizermos um exame mais atento, perguntar-nos-emos se a diferença entre a compreensão do historiador e a do filólogo é verdadeiramente estrutural. É certo que o historiador contempla os textos em outra perspectiva, mas essa modificação da intenção só vale para o texto individual como tal. Todavia, para o historiador cada texto se junta com outras fontes e testemunhos, formando a unidade de toda a tradição. A unidade do todo desta tradição é seu verdadeiro objeto hermenêutico. E esta tem que ser compreendida por ele no mesmo sentido em que o filólogo compreende seu texto sob a unidade de sua intenção. Também ele tem de realizar uma tarefa de aplicação. Este é o ponto decisivo. A compreensão histórica se mostra como uma espécie de filologia em grande escala. VERDADE E MÉTODO SEGUNDA PARTE 2.
1.1. A linguisticidade como determinação do objeto hermenêutico VERDADE E MÉTODO TERCEIRA PARTE 1.