Entwurfbereich

Entwurfbereich, âmbito do projeto

Estava reservada a Heidegger a enunciação das palavras iniciais de um novo tipo de pensar, de um pensar livre em relação ao ente revelado, livre em relação ao cenário humano e à liberdade finita do homem. O oferecido do ente não foi mais substituído à dimensão do oferecer original. Esse oferecer enquanto oferecer (Entwurfbereich) foi a área franqueada ao pensar que se educara para novas possibilidades, isto é, para o próprio possibilitante das possibilidades. O possibilitante das possibilidades representava uma liberdade ou negatividade, negatividade essa consignada a si mesma através de um gesto destinante do Ser. Como queria o Idealismo, o homem era totalmente negatividade, liberdade ou ação; entretanto, essa ação foi uma essência fundada e instaurada por uma protoação que lhe conferiu a sua essência.

Experimentar o Ser como liberdade superior não significa cair sub-repticiamente numa das filosofias da liberdade do passado, desde que a noção de liberdade não é pensada em função da subjetividade da consciência humana. Trata-se de um poder transcendente a todo o ente, inclusive ao ente que somos, como centro de alternativas. Se o homem é um nexo de possíveis que se manifesta precisamente no fenômeno da negatividade, a nova experiência do Ser, entretanto, nos intimiza com a Fonte prodigalizadora de todos os possíveis e de todo o ente. (Excerto de FERREIRA DA SILVA, Vicente. Transcendência do Mundo. São Paulo: É Realizações, 2010, p. 100)


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