Bewegung, mouvement, movimento, movimiento, movement, motion
Nous reconnaissons, grâce à cette graphie (Be-wëgung), la formation du mot die Bewegung, le mouvement. Be- doit s’entendre comme dans Be-dingung ou Bestimmung : il signifie le fait de doter, de pourvoir. Quant à wëgung, il laisse immédiatement voir le chemin (der Weg). « Mise en chemin » doit être entendu intransitivement : les chemins sont mis en état d’être chemins. (GA12BBF:Nota:182)
O vivente é um ente que movimenta a si mesmo. Movimento não visa, aqui, apenas à alteração de lugar, mas também a todo modo de comportamento e de autotransformação. (GA6T1MAC:52)
Here, it is really not a question of defining movement in some sense, but of making beings as moved visible in their being-there and holding fast to them. If one says that the principal considerations that modern physics has employed are much more determinate, it must be said that the definition of movement (movement as uniform speed): c = s/t, itself already presupposes everything that Aristotle said about movement. No later consideration comes into this discussion at all. What was set up in modern physics (Galileo, Copernicus) in a genuinely fundamental way is the question of the system-of-relations of movement, not the question of movement itself, but rather movement itself with a view to the system-of-relations from which it is to be measureable. More precisely, it is the question of whether there is an absolute system-of-relations or only a relative one. Here movement is already presupposed, not discussed, and is taken in an entirely determinate sense: change of place, change of position— φορά. However, it is here a question of a κοινόν of beings, for Aristotle, insofar as it is φύσει, and lives such that movement includes all that falls within the region of change: taking κίνησις as μεταβολή. Propulsion across space is but an entirely determinate change: constant change of place. This concept of movement is fixed already in the basic formula of movement: s = c · t, c = s/t. Speed itself is not discussed. Aristotle already knew the phenomenon of speed, when he discussed time and the faster and the slower of movement, and he shows that, indeed, a movement can be faster and slower, but not time. Precisely, the fundamental determinations that are not discussed proceeded from Aristotle. They make it possible to see ahead in the direction of a genuine consideration of being: change as a mode of being of being-there itself. (GA18:293; GA18MT:199)
In a Greek way Aristotle was the first to grasp what is ownmost to movement in terms of constancy (Bestandigkeit) and presence (Anwesenheit) (οὐσία); and actually to do that, he had to proceed from the κινούμενον (“moving thing”) as such.
But that already presupposes the interpretation of beings as εἶδος – ἰδέα and thus μορφή – ὕλη, i.e., τέχνη, which is essentially related to φύσις.
Thus movement as completeness (Vollendetheit) ensues, as what is ownmost to presenting (Anwesung), as holding-oneself (Sichhalten) in manufacturing (Verfertigung) and making (Fertigkeit).
Movement here should not be grasped in the modern sense of change of place in time; the Greek φορά, too, is something else.
For, because of this modern determination, the starting point of movement is what is moved, and what is moved is approached as a spatially-temporally accumulated matter (Massenpunkt). Instead, at issue is to grasp movement as such as a mode of being (οὐσία). The essential difference between grasping movement metaphysically and grasping it physically becomes most clear with the concept of rest and what is ownmost to rest. (GA65EM:135-136)
VIDE: (Bewegung->http://hyperlexikon.hyperlogos.info/modules/lexikon/search.php?option=1&term=Bewegung)
mouvement (EtreTemps)
movement (BT)
NT: Being and movement (Sein und Bewegung), 392; Movement (Bewegung), 9 (of sciences), 91, 97, 109 (of hand); enigma of being and, 392. See also Change; Motion (BT)
NT: Motion (Bewegung), 10, 91, 178, 180, 362, 375 (of objectively present), 389 (as change of place), 421 (Aristotle), 428, 432 n. 30, 435 (Hegel). See also Change (BT)
NT: Movement (Bewegung), 9 (of sciences), 91, 97, 109 (of hand); enigma of being and, 392. See also Change; Motion (BT)
“Mover (algo)” é bewegen e “mover(-se)” é sich bewegen. Bewegung é “ação, movimento”. Heidegger também usa com frequência Bewegtheit, “agitação, movimento”. A afinidade de bewegen com Weg, “caminho, vereda, trilha” lhe possibilita ler bewegen como be-wegen, significando “abrir caminho, prover (uma região) com caminhos” (GA12, 197s/91s). Muitas vezes, ao falar de ação, tem em mente a explicação de Aristóteles (cf. IFA; GA31, 58ss; ECP, 241ss; GA33). Aristóteles distinguia diferentes tipos de ação ou mudança, kinesis, de acordo com a categoria na qual ela ocorria. Uma mudança substancial é o vir a ser, ou extinguir-se, de uma substância, p.ex., o nascimento ou morte de uma pessoa. Uma mudança qualitativa é a aquisição de uma qualidade por uma substância, p.ex., uma pessoa ficar bronzeada. Uma mudança quantitativa é o aumento ou diminuição de tamanho de, por exemplo, um organismo. Uma mudança na categoria de lugar é a locomoção. Quando algo muda, ele deixa de ser potencialmente (dynamei) isso-e-aquilo para ser atualmente (energeiai) isso-e-aquilo. Um bloco de mármore (a matéria ou causa material) é potencialmente uma estátua e torna-se uma estátua atual (a causa final) devido à imposição de uma forma (a causa formal) por um escultor (a causa eficiente). Uma bola que está potencialmente no gol do time adversário (e potencialmente em muitos outros lugares indefinidos) é movida para dentro do gol atualmente por um chute. O intocado bloco de mármore é potencialmente uma estátua, e a bola parada está potencialmente no gol. Quando estão movimentando-se em direção ao fim, telos, que ainda não alcançaram — o mármore no processo de ser esculpido, a bola no ar em direção ao seu destino — a sua potencialidade é atualizada como uma potencialidade. Esta explicação da mudança, primeiramente da locomoção, serve à explicação de Aristóteles do tempo: ele é o “número” ou “medida” do movimento no que diz respeito ao antes e ao depois (SZ, 421; GA24, 330ss). Mas Heidegger fala com frequência do ” movimento” de Dasein de uma maneira que pouco deve a Aristóteles e que até mesmo o contradiz: ele resiste à visão de Aristóteles de que o movimento é sempre o movimento de uma substância ou, na mudança substancial, da matéria subjacente. Dasein não existe primeiro e depois se move; ele se constitui em seus movimentos: decadência e ser-lançado (SZ, 177ss, 348), acontecimento ou historização (SZ, 375, 389). O questionamento de Heidegger acerca da historicidade é assombrado pelo “enigma” não apenas do ser, mas também do movimento (SZ, 391. Cf. LXl, 93 etc.). (DH)