Abendland (s): Ocidente, terra do poente (Borges-Duarte GA5)
NT: Hespérie.
C’est ainsi que nous traduisons – nous souvenant de Virgile et de Hölderlin – le mot Abend-Land, que Heidegger forme à partir d’Abendland (« l’occident »). En orthographiant ainsi, Heidegger veut faire ressortir, dans occident, le pays de l’interminable couchant qui est, dira la Conférence sur Trakl, le chemin même de l’aube comme futur antérieur. (GA5)
A terra onde se põe o que morreu cedo demais é a terra desse entardecer, desse poente. A localidade do lugar, recolhida pela poesia de Trakl, é o vigor encoberto do desprendimento. Seu nome é “ocidente”, em alemão Abendland, literalmente terra do ocaso, do entardecer. Esse ocidente é bem mais antigo, ou seja, mais primevo e cedo, sendo por isso mais promessa do que a sua representação platônico-cristã e mesmo europeia. Pois desprendimento é “começo” de uma era crescente de mundo e não abismo da decadência. (Tr. Schuback)
Das Land, in das der Frühverstorbene untergeht, ist das Land dieses Abends. Die Ortschaft des Ortes, der Trakls Gedicht in sich versammelt, ist das verborgene Wesen der Abgeschiedenheit und heißt »Abendland«. Dieses Abendland ist älter, nämlich früher und darum versprechender als das platonisch-christliche und gar als das europäisch vorgestellte. Denn die Abgeschiedenheit ist »Anbeginn« eines steigenden Weltjahres, nicht Abgrund des Verfalls. (GA12:73)