Blanc: Pensar como agir

Heidegger também caracterizou o pensar como agir, limitando-o porém a levar a cabo, pelo dizer, a mensagem do que nos apela e dá que pensar. Este, erigido a «metron» do pensar, não é o «sentiendum», mas a palavra/logos original do ser. Assim, o que há que pensar — o ser — é aqui homólogo ao pensamento, enquanto formalidade. Qualquer possível ruptura do natural exercício do pensar (a revelação do «mundo» a partir da instrumentalidade, a revelação do nada na angústia) não obriga este a confrontar-se com um outro que faz problema, mas, pelo contrário, provoca um movimento de retração/reflexão do pensamento sobre si mesmo, que está na base da descoberta da sua própria formalidade enquanto «ser-no-mundo», «transcendência».