Schürmann (1982:81-82) – fenomenologia husserliana

O “próprio affaire” da fenomenologia husserliana acaba sendo a representação 1. Uma vez que esse ponto de pertencimento à filosofia ocidental tenha sido adquirido, a inteligência limitadora do tempo nessa [Sache selbst->Sache-selbst] se torna óbvia. O aspecto temporal do objeto é que ele [81] permanece à frente do sujeito. “Representar significa aqui: trazer o ser subsistente 2 diante de si mesmo, como ob-stante ([?Entgegenstehendes]), relacioná-lo a si mesmo, que o representa para si mesmo, e dobrá-lo nessa relação consigo mesmo como a região da qual toda medida decorre”3. Uma retirada na qual o sujeito se torna o garantidor e guardião do objeto e de sua permanência.

Para mostrar que Husserl pertence à concepção metafísica e linear do tempo, vemos que Heidegger usa, não as noções de fluxo e corrente (Zeitstrom), mas as de ser subsistente e representação. A estrutura da filosofia da subjetividade, que ele adota sem criticar, impede Husserl de questionar a compreensão da presença 4 como presença objetiva.

  1. ?Vorstellung[]
  2. ?Vorhandenheit[]
  3. GA5:Hw 84 / Chm 82. Cette remarque ne concerne pas Husserl en particulier, mais tout l’âge moderne.[]
  4. ?Anwesenheit[]