Sossego e desassossego são termos que expressam formas de fazer a experiência do tempo, para além de poderem ser descritas psicologicamente como estados emocionais. Partindo da abordagem de três situações existenciais — de stress, de tédio e de gozo do momento presente — procura-se, neste trabalho, evidenciar fenomenologicamente os elementos estruturais característicos do encontro existencial com o tempo, tanto no exercício de ser-no-mundo, como no ser ou não ser senhor de si nesse exercício e na sua potencial patologia. Neste contexto, que encontra, o seu principal apoio na análise heideggeriana do ser-em; sossego e desassossego revelam o seu caráter paradoxal, na sua mútua pertença e na tensão que supõem, em cada caso. Ao mesmo tempo, com essa base, abre-se a possibilidade de compreender a serenidade em correlação com o tempo enquanto duração.
Borges-Duarte (2018) – Sossego e desassossego: o paradoxo do tempo vivido
- Borges-Duarte (2003) – O espelho equívoco. O núcleo filosófico da entrevista ao Spiegel
- Borges-Duarte (2012) – O Pai devorador de seus filhos
- Borges-Duarte (2018) – estar em casa do amor
- Borges-Duarte (2019) – pensar-propício
- Borges-Duarte (2020) – A aventura como abertura afectiva do a-vir: uma abordagem fenomenológica
- Borges-Duarte (2021) – Cuidado e bom humor em Heidegger
- Borges-Duarte (2022) – Ereignis
- Borges-Duarte (2024) – o que é estar em casa?
- Borges-Duarte: A origem da obra de arte
- Borges-Duarte: Dasein