Elas têm de mostrar a presença (Dasein) tal como ela é antes de tudo e na maioria das vezes, em sua COTIDIANIDADE mediana. STMSC: §5
Da COTIDIANIDADE não se devem extrair estruturas ocasionais e acidentais, mas estruturas essenciais. STMSC: §5
Do ponto de vista da constituição fundamental da COTIDIANIDADE da presença (Dasein), poder-se-á, então, colocar em relevo o ser desse ente. STMSC: §5
Esta indiferença da COTIDIANIDADE da presença (Dasein) não é um nada negativo, mas um caráter fenomenal positivo deste ente. STMSC: §9
Porque a COTIDIANIDADE mediana perfaz o que, em primeiro lugar, constitui o ôntico deste ente, sempre se saltou por cima dela e sempre se o fará nas explicações da presença (Dasein). STMSC: §9
Não se deve, porém, tomar a COTIDIANIDADE mediana da presença (Dasein) como um simples “aspecto”. STMSC: §9
Pois a estrutura da existencialidade está incluída a priori na COTIDIANIDADE e até mesmo em seu modo impróprio. STMSC: §9
De certa forma, nele está igualmente em jogo o ser da presença (Dasein), com o qual ela se comporta e relaciona no modo da COTIDIANIDADE mediana, mesmo que seja apenas fugindo e se esquecendo dele. STMSC: §9
A explicação da presença (Dasein) em sua COTIDIANIDADE mediana não fornece apenas estruturas medianas, no sentido de uma indeterminação vaga. STMSC: §9
As dificuldades para se obter um “conceito natural de mundo” A interpretação da presença (Dasein) em sua COTIDIANIDADE não deve, porém, ser identificada com descrição de uma fase primitiva da presença (Dasein), cujo conhecimento pudesse ser transmitido empiricamente pela antropologia. STMSC: §11
Além disso, também a presença (Dasein) primitiva possui suas possibilidades não cotidianas de ser e a sua COTIDIANIDADE específica. STMSC: §11
Numa demonstração fenomenal devemos determinar quem é e está no modo da COTIDIANIDADE mediana da presença (Dasein) (cf. STMSC: §12
O conhecimento do mundo Se ser-no-mundo é uma constituição fundamental da presença (Dasein) em que ela se move não apenas em geral mas, sobretudo, no modo da COTIDIANIDADE, então a presença (Dasein) já deve ter sido sempre experimentada onticamente. STMSC: §13
O ser-no-mundo e com isso também o mundo deve tornar-se tema da analítica no horizonte da COTIDIANIDADE mediana enquanto modo de ser mais próximo da presença (Dasein). STMSC: §14
À COTIDIANIDADE de ser-no-mundo pertencem modos de ocupação que permitem o encontro com o ente de que se ocupa, de tal maneira que apareça a determinação mundana dos entes intramundanos. STMSC: §16
Também indicam que é o próprio sinal que retira a sua surpresa da não-surpresa do todo instrumental, à mão na COTIDIANIDADE de modo “evidente” como, por exemplo, o costume de se dar um “nó no lenço” como marca de lembrança. STMSC: §17
O que ele mostra é que há sempre algo com que se ocupar na circunvisão da COTIDIANIDADE. STMSC: §17
O manual do mundo circundante, na verdade, não se oferece como algo simplesmente dado para um observador eterno, destituído de presença (Dasein), mas vem ao encontro na COTIDIANIDADE da presença (Dasein), empenhada em ocupações dentro da circunvisão. STMSC: §23
O dis-tanciamento guiado por uma circunvisão na COTIDIANIDADE da presença (Dasein) descobre o ser-em-sido “mundo verdadeiro”, isto é, de um ente junto ao qual a presença (Dasein), existindo, já sempre está. STMSC: §23
No contexto de uma analítica existencial da presença (Dasein) fática, levanta-se a questão se este modo de doação do eu propicia uma abertura qualquer para a COTIDIANIDADE da presença (Dasein). STMSC: §25
A tarefa é tornar fenomenalmente visível e interpretar ontologicamente de maneira adequada o modo de ser dessa co-presença (Dasein) na COTIDIANIDADE mais próxima. STMSC: §25
O impessoal, que não é nada determinado, mas que todos são, embora não como soma, prescreve o modo de ser da COTIDIANIDADE. STMSC: §27
Na COTIDIANIDADE da presença (Dasein), a maioria das coisas é feita por alguém de quem se deve dizer que não é ninguém. STMSC: §27
O impessoal tira o encargo de cada presença (Dasein) em sua COTIDIANIDADE. STMSC: §27
Para uma “visão” ôntico-ontológica, destituída de preconceitos, o impessoal se revela como “o sujeito mais real” da COTIDIANIDADE. STMSC: §27
O ser-no-mundo tornou-se visível em sua COTIDIANIDADE e em sua medianidade. STMSC: §27
Até agora, a caracterização fenomenal do ser-no-mundo voltou-se para o momento estrutural mundo, no intuito de responder à questão quem deste ente em sua COTIDIANIDADE. STMSC: §28
Em consequência, deve-se explicitar o seu modo de ser na COTIDIANIDADE. STMSC: §28
E justamente na COTIDIANIDADE mais indiferente e inocente, o ser da presença (Dasein) pode irromper na nudez de “que é e ter de ser”. STMSC: §29
Constatar que a presença (Dasein) não “cede” a tais humores na COTIDIANIDADE, isto é, que não persegue a abertura por eles realizada e não se deixa levar pelo que assim se abre, não constitui uma prova contra a fatualidade fenomenal de o humor abrir o ser do pre (das Da) em seu “que é” (Dass), mas sim um testemunho. STMSC: §29
A presente investigação da linguagem tinha por tarefa apenas mostrar o “lugar” ontológico desse fenômeno dentro da constituição de ser da presença (Dasein) e, sobretudo, preparar a análise que se segue e que tenta visualizar a COTIDIANIDADE da presença (Dasein) de uma maneira ontologicamente mais originária, seguindo o modo de ser fundamental da fala em conexão com outros fenômenos. STMSC: §34
O SER COTIDIANO DO PRE E A DECADÊNCIA DA PRESENÇA Remontando às estruturas existenciais que compõem a abertura do ser-no-mundo, a interpretação, de certo modo, perdeu de vista a COTIDIANIDADE da presença (Dasein). STMSC: §34
Essas possibilidades próprias revelam assim uma tendência essencial do ser da COTIDIANIDADE. STMSC: §34
Explicitada de maneira suficiente em sua estrutura ontológica, a COTIDIANIDADE há de desenvolver um modo de ser originário da presença (Dasein) de tal maneira que, a partir desse modo de ser, possa demonstrar-se em sua concreção existencial o fenômeno de estar-lançado, inerente à presença (Dasein). STMSC: §34
A constituição fundamental da visão mostra-se numa tendência ontológica para “ver”, própria da COTIDIANIDADE. STMSC: §36
Trata-se de um modo de ser onde ela se ocupa em tornar-se desprendida de si mesma enquanto ser-no-mundo, desprendida do ser junto ao que imediatamente está à mão na COTIDIANIDADE. STMSC: §36
O modo básico do ser da COTIDIANIDADE deve ser compreendido no horizonte das estruturas ontológicas da presença (Dasein) até aqui obtidas. STMSC: §37
Nelas e em seu nexo ontológico, desvela-se um modo fundamental de ser da COTIDIANIDADE que denominamos com o termo decadência da presença (Dasein). STMSC: §38
A presença (Dasein) se precipita de si mesma para si mesma na falta de solidez e na nulidade de uma COTIDIANIDADE imprópria. STMSC: §38
Será que a presença (Dasein) pode ser compreendida como no ente em cujo ser está em jogo o poder-ser, se justamente em sua COTIDIANIDADE a presença (Dasein) se perdeu a si mesma e, na decadência, “vive” fora de si mesma? STMSC: §38
Em sua estrutura existencial, ela é apenas uma apreensão modificada da COTIDIANIDADE. STMSC: §38
Ela determina tão pouco o lado noturno e soturno da presença (Dasein) que chega até mesmo a constituir todos os seus dias em sua COTIDIANIDADE. STMSC: §38
Pode-se, portanto, determinar a COTIDIANIDADE mediana da presença (Dasein) como ser-no-mundo aberto na decadência que, lançado, projeta-se e que, em seu ser junto ao “mundo” e em seu ser-com os outros, está em jogo o seu poder-ser mais próprio. STMSC: §39
Será possível apreender esse todo estrutural da COTIDIANIDADE da presença (Dasein) em sua totalidade? STMSC: §39
Esse caráter do ser-em tornou-se a seguir visível, de modo ainda mais concreto, através do público na sua impessoalidade cotidiana, que instala na COTIDIANIDADE mediana da presença (Dasein) a certeza tranquila de si mesma e o “sentir-se em casa”. STMSC: §40
Do ponto de vista fenomenal, porém, a COTIDIANIDADE dessa fuga mostra que, enquanto disposição fundamental, a angústia pertence à constituição essencial da presença (Dasein) como ser-no-mundo. STMSC: §40
A COTIDIANIDADE mediana da ocupação torna-se cega para as possibilidades e se tranquiliza com o que é apenas “real”. STMSC: §41
Tomando como ponto de partida a COTIDIANIDADE mediana, a interpretação limitou-se à análise da existência indiferente e imprópria. STMSC: §45
Quando e como a análise existencial, que parte da COTIDIANIDADE, forçou toda a presença (Dasein) – esse ente do seu “princípio” ao seu “fim” – a entrar na visão fenomenológica propiciadora do tema? STMSC: §45
A COTIDIANIDADE é justamente o ser “entre” nascimento e morte. STMSC: §45
A COTIDIANIDADE desvela-se como modo da temporalidade. STMSC: §45
A investigação a se realizar nessa seção atravessa os seguintes estágios: o possível ser-todo da presença (Dasein) e o ser-para-a-morte (capítulo I); o testemunho, segundo o modo de ser da presença (Dasein), de um poder-ser em sentido próprio e a decisão (capítulo II); o poder-ser todo em sentido próprio da presença (Dasein) e a temporalidade como sentido ontológico da cura (capítulo III); temporalidade e COTIDIANIDADE (capítulo IV); temporalidade e historicidade (capítulo V); temporalidade e intratemporalidade como origem do conceito vulgar de tempo (capítulo VI). STMSC: §45
As investigações referidas a essas questões articulam-se da seguinte maneira: a possibilidade de se experimentar a morte dos outros e de se apreender toda a presença (Dasein) (§47); o pendente, o fim e a totalidade (§48); a delimitação da análise existencial da morte frente a outras interpretações possíveis do fenômeno (§49); prelineamento da estrutura ontológico-existencial da morte (§50); o ser-para-a-morte e a COTIDIANIDADE da presença (Dasein) (§51); o ser-para-o-fim cotidiano e o pleno conceito existencial da morte (§52); o projeto existencial de um ser-para-a-morte em sentido próprio (§53). STMSC: §46
Na COTIDIANIDADE da ocupação, faz-se um uso múltiplo e constante desse tipo de substituição. STMSC: §47
Somente uma caracterização ontológica prévia do modo de ser em que o “fim” se instala na COTIDIANIDADE mediana da presença (Dasein) é que pode guiar esse arbítrio. STMSC: §49
Para isso, é necessário representar, integralmente, as estruturas da COTIDIANIDADE, antes expostas. STMSC: §49
Pertencendo originária e essencialmente ao ser da presença (Dasein), o ser-para-a-morte deve também ser comprovado na COTIDIANIDADE embora numa primeira aproximação, de maneira imprópria. STMSC: §50
A proposição deve fazer- se visível, sobretudo na concreção mais imediata da presença (Dasein), a saber, em sua COTIDIANIDADE. STMSC: §50
O ser-para-a-morte e a COTIDIANIDADE da presença (Dasein) A exposição do ser-para-a-morte mediano na vida cotidiana orienta-se pelas estruturas da COTIDIANIDADE já explicitadas. STMSC: §51
Entretanto, o próprio da COTIDIANIDADE é o impessoal, constituído na interpretação pública expressa na falação. STMSC: §51
Como tal, ela permanece na não-surpresa característica de tudo aquilo que vem ao encontro na COTIDIANIDADE. STMSC: §51
Escapar da morte, encobrindo-a, domina, com tamanha teimosia, a COTIDIANIDADE que, na convivência, os “mais próximos” frequentemente ainda convencem quem “está à morte” de que ele haverá de escapar da morte e, assim, retornar à COTIDIANIDADE tranquila de seu mundo de ocupações. STMSC: §51
com a fuga decadente da morte, porém, a COTIDIANIDADE da presença (Dasein) também atesta que o próprio impessoal, mesmo quando não está explicitamente “pensando na morte”, já está sempre se determinando como ser-para-a-morte. STMSC: §51
Também na COTIDIANIDADE mediana, o que está em jogo na presença (Dasein) é este poder-se mais próprio, irremissível e insuperável, conquanto seja apenas no modo da ocupação de uma indiferença imperturbável frente à possibilidade mais extrema de sua existência. STMSC: §51
Além dessa caracterização aparentemente vazia do ser-para-a-morte, desvelou-se a concreção desse ser no modo da COTIDIANIDADE. STMSC: §52
Conforme a tendência essencial de decadência da COTIDIANIDADE, o ser-para-a-morte mostrou-se como escape encobridor da morte. STMSC: §52
Nesse “também um dia mas por ora ainda não”, a COTIDIANIDADE assevera uma espécie de certeza da morte. STMSC: §52
A COTIDIANIDADE pára no momento em que admite ambiguamente a “certeza” da morte a fim de enfraquecê-la e aliviar o estar-lançado na morte, encobrindo ainda mais o morrer. STMSC: §52
Nessa determinação “crítica” da certeza da morte e de seu caráter impendente, revela-se numa primeira aproximação mais uma vez o seu desconhecimento a respeito do ser da presença (Dasein), característico da COTIDIANIDADE e do ser-para-a-morte que lhe pertence. STMSC: §52
Esse “outro” esconde-se, na maior parte das vezes, na COTIDIANIDADE. STMSC: §52
com a disposição cotidiana caracterizada por um empenho “angustiado” nas ocupações e aparentemente sem angústia frente ao “fato” certo da morte, a COTIDIANIDADE admite uma certeza “superior” àquela meramente empírica. STMSC: §52
A COTIDIANIDADE decadente da presença (Dasein) conhece a certeza da morte mas escapa do estar-certo. STMSC: §52
A COTIDIANIDADE força a importunidade da ocupação e se prende a um “pensar na morte” cansado e ineficaz. STMSC: §52
Contudo, somente a compreensão desse “poder” é que desvela que ela está de fato perdida na COTIDIANIDADE do impessoalmente-si-mesmo. STMSC: §53
O apelo alcança a presença (Dasein) nesse movimento de sempre já se ter compreendido na COTIDIANIDADE mediana das ocupações. STMSC: §56
Quem apela também não é familiar ao impessoalmente-si-mesmo da COTIDIANIDADE é algo como uma voz estranha. STMSC: §57
A COTIDIANIDADE toma a presença (Dasein) como algo à mão de que se ocupa, ou seja, que pode ser gerenciado e calculado. STMSC: §59
A partir de onde os passos da análise da COTIDIANIDADE imprópria retiram suas regras a não ser da suposição de um conceito de existência? STMSC: §63
Orientando-se por essa ideia, realizou-se a análise preparatória da COTIDIANIDADE mais imediata, chegando-se a uma primeira delimitação conceituai da cura. STMSC: §63
Já na caracterização preparatória da COTIDIANIDADE, a presente analítica deparou-se com a questão do quem da presença (Dasein). STMSC: §64
Chamamos de COTIDIANIDADE o modo de ser mediano da presença (Dasein) no qual, numa primeira aproximação e na maior parte das vezes, ela se mantém. STMSC: §66
Mediante a retomada da análise anterior, a COTIDIANIDADE deve desvelar o seu sentido temporal para, com isso, deixar vir à luz a problemática abrigada na temporalidade e fazer desaparecer por completo a aparente “evidência” das análises preparatórias. STMSC: §66
A interpretação temporal da COTIDIANIDADE e da historicidade prende suficientemente a visão ao tempo originário e o faz de tal maneira que o descobre como condição de possibilidade e necessidade da experiência cotidiana do tempo. STMSC: §66
Só a elaboração da temporalidade da presença (Dasein) enquanto COTIDIANIDADE, historicidade e intratemporalidade proporciona a visão plena das implicações de uma ontologia originária da presença (Dasein). STMSC: §66
Além disso, conduz à questão de como se deve compreender o caráter temporal da COTIDIANIDADE, o sentido temporal da expressão – “numa primeira aproximação e na maior parte das vezes”, aqui constantemente utilizada. STMSC: §67
O presente capítulo obedece, pois, à seguinte estrutura: a temporalidade da abertura em geral (§68); a temporalidade do ser-no-mundo e o problema da transcendência (§69); a temporalidade da espacialidade inerente à presença (Dasein) (§70); o sentido temporal da COTIDIANIDADE da presença (Dasein) (§71). STMSC: §67
O sentido temporal da COTIDIANIDADE da presença (Dasein) A análise da temporalidade da ocupação mostrou que as estruturas essenciais da constituição ontológica da presença (Dasein), antes interpretadas com o propósito de conduzir à temporalidade, devem ser reassumidas existencialmente na temporalidade. STMSC: §71
Chamamos de COTIDIANIDADE o modo de ser em que a presença (Dasein), numa primeira aproximação e na maior parte das vezes, se mantém. STMSC: §71
Também no começo da investigação não se apresentava um caminho para se problematizar o sentido ontológico-existencial da COTIDIANIDADE. STMSC: §71
Pode ainda restar alguma dúvida acerca do significado existencial e temporal da “COTIDIANIDADE”? STMSC: §71
É até mesmo questionável se a explicação até agora desenvolvida da temporalidade é suficiente para delimitar o sentido existencial da COTIDIANIDADE. STMSC: §71
É manifesto, porém, que COTIDIANIDADE se refere ao modo de existência em que a presença (Dasein) se mantém “todos os dias”. STMSC: §71
Primariamente, porém, a expressão COTIDIANIDADE indica um determinado como da existência que domina a presença (Dasein) em seu “tempo de vida”. STMSC: §71
Numa primeira aproximação” significa o modo em que a presença (Dasein) “se torna manifesta” na convivência do público, mesmo que, existenciariamente, ela tenha “no fundo” superado a COTIDIANIDADE. “ STMSC: §71
A COTIDIANIDADE significa o modo como a presença (Dasein) “vive o seu dia”, quer em todos os seus comportamentos, quer em certos comportamentos privilegiados pela convivência. STMSC: §71
A monotonia da COTIDIANIDADE considera como mudança justamente aquilo que o dia traz. STMSC: §71
A COTIDIANIDADE determina a presença (Dasein), mesmo quando ela não escolheu para “herói” o impessoal. STMSC: §71
Todavia, esses múltiplos carateres da COTIDIANIDADE não caracterizam, de forma alguma, um mero “aspecto” da presença (Dasein), quando se “olha impessoalmente” para o fazer e o empreender do homem. STMSC: §71
A COTIDIANIDADE é um modo de ser ao qual pertence, sem dúvida, a manifestação pública. STMSC: §71
Mas enquanto modo de existir próprio, a COTIDIANIDADE é também mais ou menos conhecida de cada presença (Dasein) “singular”, através da disposição de uma ausência morna de humor. STMSC: §71
Na COTIDIANIDADE, a presença (Dasein) pode “sofrer” de estupidez, pode mergulhar na sua estupidez ou dela escapar, buscando uma nova dispersão para fazer frente à dispersão nos negócios e tarefas. STMSC: §71
Mas será que após a presente interpretação da temporalidade nós nos encontramos em condições de rever, com maior sucesso, a delimitação existencial da estrutura da COTIDIANIDADE? STMSC: §71
A orientação só se tornará suficientemente abrangente para que se possa problematizar o sentido ontológico da COTIDIANIDADE como tal, no momento em que a interpretação da temporalidade da presença (Dasein) incluir o “acontecimento” cotidiano da presença (Dasein) e a ocupação de contar com o “tempo”, inerente a esse acontecer. STMSC: §71
Mas, no fundo, o termo COTIDIANIDADE nada mais pretende indicar do que a temporalidade que possibilita o ser da presença (Dasein). STMSC: §71
É, portanto, somente no âmbito da discussão de princípio do sentido do ser em geral e de suas possíveis derivações que se poderá conceituar, de forma suficiente, a COTIDIANIDADE. STMSC: §71
Embora não tenhamos visto até agora nenhuma possibilidade de um ponto de partida mais radical para a analítica existencial, levanta-se uma dúvida sobre o sentido ontológico da COTIDIANIDADE na discussão precedente: Será que, no que diz respeito ao seu ser-todo em sentido próprio, toda a presença (Dasein) foi de fato levada à posição prévia da analítica existencial? STMSC: §72
O horizonte mais imediato, representado pela COTIDIANIDADE na analítica existencial da presença (Dasein), elucida-se, agora, como historicidade imprópria da presença (Dasein). STMSC: §72
A fala mais trivial, pronunciada distraidamente na COTIDIANIDADE como, por exemplo, “está frio” refere-se a um “agora em que…” STMSC: §79