GA65 – verdade se essencia
Wahrheit west
O pertencimento ao seer, contudo, só se essencia porque o ser em sua unicidade precisa do ser-aí e se funda nele, fundando ao mesmo tempo o homem. Nenhuma verdade se essencia de outra forma. De outro modo, reina apenas o nada na figura mais insidiosa da proximidade do “realmente efetivo” e “vivente”, isto é, do não ente. GA65 (Casanova): 194
Se a verdade se essencia como clareira do encobrir-se, e se pertence à essência, de acordo com a niilidade do ser, a inessência, então a inversão da essência pode se difundir na essência, isto é, a dissimulação da clareira como aparência da essência e, com isso, essa dissimulação mesma em sua dimensão extrema, maximamente superficial, podem ser expostas, teatralizadas? Palco – a configuração do efetivamente real como tarefa dos cenografistas! Se algum dia o elemento teatral chegar ao poder, como as coisas vão se mostrar em relação à essência? Ela não precisa ser, então, velada e fundar tranquilamente como fundamento, por mais que quase GA65 (Casanova): 223
Na medida em que a verdade se essencia, a verdade vem a ser, vem a ser o acontecimento apropriador da verdade. GA65 (Casanova): 225
Que constância tem essa insistência? Ou formulando de maneira diversa a questão: quem consegue, quando e como ser o ser-aí? O que é que a meditação inicial do dizer pensante consegue realizar aqui para a preparação desse ser? Por que é que, neste instante, esse saber agora, ou seja, o saber questionador precisa trazer consigo o impulso? Em que medida foi agora apenas que o poeta anterior a nós, Hölderlin, se tornou em sua poesia e em sua obra poética mais única a nossa necessidade? 1) A verdade se essencia e por quê? Porque só assim se tem a essenciação do seer. GA65 (Casanova): 227
A verdade se essencia apenas e sempre já como ser-aí e, com isso, como contestação da contenda. ( GA65 (Casanova): 243
