GA65 – não verdade

Será que mensuramos a partir daqui a não verdade, na qual o seer precisa cair? Será que avaliamos sua verdade, que se essencia na direção oposta à sua dissipação como a pura recusa e que tem a unicidade por si tanto quanto a completa estranheza? As sendas e as veredas mais silenciosas e mais íngremes precisam ser encontradas, a fim de conduzir para fora do hábito há muito tempo duradouro assim como da exploração do seer, fundando para o seer os sítios de sua es-senciação naquilo de que ele mesmo se apropria em meio ao acontecimento como acontecimento apropriador, no ser-aí. GA65 (Casanova): 121

Verdade: a clareira para o encobrimento (verdade como a não verdade), em si querelante e nula, que se mostra como a intimidade originária, e isso porque. GA65 (Casanova): 220

A concepção fatídica: “a verdade é a não verdade” permanece por demais mal interpretável, para que ela pudesse mostrar com segurança a via correta. GA65 (Casanova): 226

Quando cheguei a determinações tais como: o ser-aí é ao mesmo tempo na verdade e na não-verdade, então se compreendeu essa sentença imediatamente de uma maneira moral ligada a uma visão de mundo, sem apreender o decisivo da meditação filosófica, a essenciação do “ao mesmo tempo” como essência fundamental da verdade, e sem uma concepção originária da não-verdade no sentido do encobrimento (e não, por exemplo, da falsidade). GA65 (Casanova): 226

O homem pode ainda por séculos espoliar e desertificar o planeta com as suas maquinações, o gigantesco desse impulso pode se “desenvolver” em direção ao irrepresentável e assumir a forma de um rigor aparente, o disciplinamento pelo elemento desértico enquanto tal; a grandeza do seer pode permanecer vedada porque nenhuma decisão mais é tomada sobre a verdade, a não verdade e sua essência. GA65 (Casanova): 255