====== GA65 – essenciação da verdade ====== Wesung der Wahrheit Mas a questão decisiva continua sendo: em que âmbito da verdade se movimenta o desentranhamento da essência do ser? No fundo, mesmo aí onde, tal como na história da questão diretriz, a entidade é concebida a partir do noein, a verdade desse pensar não é o pensado enquanto tal, mas o tempo-espaço como **essenciação da verdade**, na qual todo re-presentar precisa se manter. GA65 (Casanova): 100 Clareira e encobrimento, constituindo a **essenciação da verdade**, nunca podem, por isso, ser considerados como um transcurso vazio e como objeto do “conhecimento”, de uma representação. GA65 (Casanova): 120 Pois ele é o acontecimento apropriador do acontecimento da apropriação do ser-aí, no qual o sítio silencioso é fundado como a **essenciação da verdade**, o campo de jogo temporal do passar ao largo, o em meio a desprotegido, que desencadeia a tempestade do acontecimento da apropriação. GA65 (Casanova): 126 Acontecimento apropriador da fundação do aí deve querer dizer como genitivo objetivo que o aí, a **essenciação da verdade** em sua fundação (o mais originário do ser-aí), é apropriado em meio ao acontecimento, e a fundação mesma clareia o encobrir-se, o acontecimento apropriador. GA65 (Casanova): 130 E isso é ao mesmo tempo a **essenciação da verdade** enquanto tal. GA65 (Casanova): 137 Na viragem do acontecimento apropriador, a **essenciação da verdade** é sobretudo a verdade da essenciação. GA65 (Casanova): 137 Mas a **essenciação da verdade** originária só pode ser experimentada, se esse em-meio-a clareado que funda a si mesmo e determina o tempo-espaço for ressaltado naquilo de que e para o que ele é clareira, a saber, para o encobrir-se. GA65 (Casanova): 207 3) Mas do salto para o interior da **essenciação da verdade**. GA65 (Casanova): 213 Ao mesmo tempo, porém, essa denominação deve indicar que a interpretação da **essenciação da verdade** se encontra na lembrança da aletheia, isto é, não na mera palavra literalmente traduzida, em cujo âmbito, então, uma vez mais, entra em cena a concepção tradicional, mas na lembrança da aletheia como o nome para o primeiro reluzir da própria verdade e, com efeito, necessariamente na unidade com a denominação inicial do ente enquanto physis. GA65 (Casanova): 218 A questão acerca da verdade é a questão acerca da **essenciação da verdade**. GA65 (Casanova): 220 A **essenciação da verdade**. GA65 (Casanova): 220 O que sobrecarrega tanto e quase chega mesmo a bloquear o pensamento mais próprio de Nietzsche é a intelecção do fato de que a **essenciação da verdade** significa: ser-aí, isto é, encontrar-se em meio à clareira do que se encobre e haurir daí o fundamento e a força do ser humano. GA65 (Casanova): 234 O tempo-espaço como **essenciação da verdade** (essenciação do fundamento abissal) só ganha o saber na realização do outro início. GA65 (Casanova): 239 O a-bismo é o encobrimento clareador primeiramente essencial, a **essenciação da verdade**. GA65 (Casanova): 242 O a-bismo como o ficar de fora do fundamento deve ser, porém, a **essenciação da verdade** (do encobrimento clareador). GA65 (Casanova): 242 O acontecimento apropriador afina e transpassa de maneira afinadora a **essenciação da verdade**. GA65 (Casanova): 242 Eles não têm, porém, nada em comum enquanto unidade, mas o seu elemento unificador, o que permite que eles venham à tona no fato de serem apontados de maneira inseparável, o tempo-espaço, se mostra como o elemento a-bissalizador do fundamento: a **essenciação da verdade**. GA65 (Casanova): 242 Esse e-mergir, contudo, não é nenhum esgarçamento, mas, ao contrário, o tempo-espaço é apenas o desdobramento essencial da **essenciação da verdade**. GA65 (Casanova): 242 Abrigo pertence à **essenciação da verdade**. GA65 (Casanova): 243 Se, por isso, indicativamente, a “essência” da verdade for denominada como a clareira para o encobrir-se, então isso só acontece para desdobrar pela primeira vez a **essenciação da verdade**. GA65 (Casanova): 243 De acordo com isso, precisa ser possível – com o salto prévio correspondente no seer com certeza –, a partir do “ente”, encontrar o caminho até a **essenciação da verdade** e, por essa via, tornar visível o abrigo como pertencente à verdade. GA65 (Casanova): 243 Só que a compreensão dos nexos aqui essenciantes exige que nos libertemos fundamentalmente do modo simples de pensar da re-presentação do que se presenta (do ser como presentidade e da verdade como adaptação ao que se presenta) e que estabeleçamos o olhar do pensamento de tal modo que ele mensure integralmente sobretudo toda a **essenciação da verdade**. GA65 (Casanova): 243