====== GA65 – acontecimento da apropriação e ser-aí ====== A terra, que atravessa o caminho e, enquanto caminho, o re-pensar do seer, é o entre, que se apropria em meio ao acontecimento (er-eignet) do **ser-aí** para o deus, em cujo **acontecimento da apropriação** (Er-eignung) pela primeira vez o homem e o deus se tornam “cognoscíveis”, pertencentes à vigília e à urgência do seer. GA65 (Casanova): 42 12) Tudo isso são apenas irradiações de um encobrimento confuso e calcificado da essência do seer, sobretudo da abertura de seu fosso abissal: o fato de unicidade, raridade, instantaneidade, acaso e acometimento, retenção e liberdade, resguardo e necessidade pertencerem ao seer; o fato de esse seer não se mostrar como o que há de mais vazio e mais comum, mas como o que há de mais rico e mais elevado e só se essenciar no **acontecimento da apropriação**, acontecimento esse graças ao qual o **ser-aí** chega à fundação da verdade do ser no abrigo por meio do ente. GA65 (Casanova): 56 Enquanto a destruição do mundo até aqui enquanto autodestruição alardeia em meio ao vazio o seu triunfo, a essência do seer se reúne em sua mais elevada vocação: enquanto **acontecimento da apropriação** do âmbito de decisão sobre a divindade dos deuses, apropriar-se do fundamento e do campo de jogo temporal, isto é, do **ser-aí**, na unicidade de sua história. GA65 (Casanova): 116 Assim, o seer é como a recusa atributiva o **acontecimento da apropriação** do **ser-aí**. GA65 (Casanova): 123 Só ao homem chega o pressentimento do seer? De onde sabemos sobre esse elemento exclusivo? E esse pressentir do seer é a primeira e essencial resposta à pergunta sobre o que o homem é? Pois a primeira resposta a essa pergunta é a transformação dessa pergunta e a sua colocação sob a forma: quem é o homem? O homem pressente o seer, ele é aquele que pressente o seer, porque o seer apropria para si o homem em meio ao acontecimento, e isso de tal modo que o **acontecimento da apropriação** carece somente de um si-próprio, um si mesmo, cuja ipseidade o homem tem de sustentar na insistência, que deixa o homem, estando-em no **ser-aí**, tornar-se aquele ente, que é apenas e primeiramente encontrado na questão sobre o quem. GA65 (Casanova): 128 O **acontecimento da apropriação** é a contravibração entre o homem e os deuses, mas justamente esse entre e sua essenciação, que é fundada pelo **ser-aí** nesse **ser-aí**. GA65 (Casanova): 143 Esse instante histórico não é nenhum “estado ideal” porque esse estado contraria a cada vez a essência da história, mas esse instante é o **acontecimento da apropriação** daquela viragem, na qual a verdade do seer chega ao seer da verdade, uma vez que o deus precisa do ser e o homem como **ser-aí** precisa ter fundado o pertencimento ao ser. GA65 (Casanova): 256 O **acontecimento da apropriação** do **ser-aí** deixa tal ente se tornar insistente no inabitual em face de todo e qualquer ente. GA65 (Casanova): 267 O des-locamento consiste no **acontecimento da apropriação** do **ser-aí**; e isso de tal modo, com efeito, que no aí que se clareia (no a-bismo do que não possui Apolo nem proteção) o **acontecimento da apropriação** se subtrai. GA65 (Casanova): 269