====== GA6 – figura da vontade de poder ====== Nossa primeira tarefa será perguntar: como Nietzsche vê e determina a essência da arte? Como o título do capítulo já indica, a arte é uma **figura da vontade de poder**. GA6MAC I Se a arte é uma **figura da vontade de poder** e se nos é acessível de uma maneira insigne no interior do todo do ser, então é preciso que a concepção nietzschiana da arte nos abra o mais cedo possível uma via de compreensão do significado da expressão vontade de poder. GA6MAC I Muito antes de conceber expressamente a essência da arte como **figura da vontade de poder**, já em seu primeiro escrito (O nascimento da tragédia a partir do espírito da música), Nietzsche vê a arte como o caráter fundamental do ente. GA6MAC I Se subsiste aqui uma unidade e se essa unidade resulta da essência da própria arte tal como Nietzsche a compreende; e se a arte não é senão uma **figura da vontade de poder**, então a intelecção da compatibilidade entre as determinações conflitantes precisa criar para nós um conceito mais elevado da essência da vontade de poder. GA6MAC I Arte é uma **figura da vontade de poder**. GA6MAC I Daí fica claro: se a arte é uma **figura da vontade de poder**, então a “arte” é sempre aqui concebida em sua suprema posição hierárquica fundamental. GA6MAC I Só se deve avaliar a arte segundo o que ela é em sua realidade essencial; somente segundo essa sua realidade ela deve ser concebida como uma figura do ente, ou seja, como uma **figura da vontade de poder**. GA6MAC I Segundo Nietzsche, o conhecimento é uma **figura da vontade de poder**. GA6MAC III Queremos deixar que a questão sobre se há ou não biologismo seja respondida por si mesma a partir do fio condutor determinado de uma pergunta: a pergunta sobre a essência do conhecimento e da verdade como uma **figura da vontade de poder**. GA6MAC III No entanto, se o curso de pensamento até a vontade de poder desdobra o pensamento único de Nietzsche, então o conhecimento e a verdade precisam se desvelar primeiramente de maneira desencoberta como uma **figura da vontade de poder** lá onde eles mesmos são pensados em sua essência extrema. GA6MAC III Pois somente em uma lúcida visualização dessas conexões e de sua necessidade desencobre-se a essência da verdade e do conhecimento como uma **figura da vontade de poder** e a própria vontade de poder como o caráter fundamental do ente na totalidade. GA6MAC III Assumir o niilismo como “estado psicológico” quer dizer então: ver o niilismo como uma **figura da vontade de poder**, como o acontecimento no qual o homem é histórico. GA6MAC V Pois pensar “psicologicamente” significa: pensar tudo como **figura da vontade de poder**. GA6MAC V Por meio da “análise” já se desperta a suspeita de que a “vontade de verdade” enquanto a requisição por algo válido e normativo é uma requisição de poder e de que ela só se justifica como tal por meio da vontade de poder e como uma **figura da vontade de poder**. GA6MAC V O niilismo ativo reconhece a verdade como uma **figura da vontade de poder** e como um valor de uma posição hierárquica determinada. GA6MAC V Como se chegou a essa projeção? No sentido da interpretação nietzschiana da história, essa pergunta coloca em questão o seguinte: que **figura da vontade de poder** estava aqui em obra? A interpretação “moral” da metafísica feita por Nietzsche Se a “verdade”, isto é, o verdadeiro e o real, é transplantada para o alto e para o além em um mundo em si, então o ente propriamente dito aparece como aquilo a que toda a vida humana precisa se submeter. GA6MAC V Corpo” é o nome para aquela **figura da vontade de poder**, na qual essa vontade é imediatamente acessível ao homem como o “sujeito” insigne, porque constantemente a postos. GA6MAC VI Pelo fato de um ente se expor na esfera do poder como uma **figura da vontade de poder** já faz com que ele esteja de posse do direito, isto é, da vontade que comanda a si mesma em vista de sua superpotencialização. GA6MAC VI Na medida em que o homem é, ele é uma **figura da vontade de poder**. GA6MAC VIII