====== GA6 – essência da vontade de poder ====== A resposta dada por ele (“configurações” da vontade de poder) não nos leva imediatamente adiante, mas nos coloca diante de uma tarefa: procurar vislumbrar pela primeira vez a partir do que é conhecido como afeto, paixão e sentimento aquilo que caracteriza a **essência da vontade de poder**. GA6MAC I Assim, a partir da **essência da vontade de poder** como a potência da vontade, mostrar-se-á em diversos ângulos como essa interpretação do ente se encontra no movimento fundamental do pensar ocidental e como ela está, por isso e somente por isso, em condições de trazer um impulso essencial para a tarefa de pensamento do século XX. GA6MAC I Se subsiste aqui uma unidade e se essa unidade resulta da essência da própria arte tal como Nietzsche a compreende; e se a arte não é senão uma figura da vontade de poder, então a intelecção da compatibilidade entre as determinações conflitantes precisa criar para nós um conceito mais elevado da **essência da vontade de poder**. GA6MAC I Enquanto não tivermos visualizado de maneira suficientemente clara essa mudança do olhar e concebido a **essência da vontade de poder**, é prudente deixar de lado essa oposição já por demais esvaziada e que não permanece senão como uma palavra-chave. GA6MAC I Por isso, é preciso que resulte da **essência da vontade de poder** uma comum-pertencença originária entre beleza e verdade, uma comum-pertencença que precisa se tornar, ao mesmo tempo, uma discórdia. GA6MAC I Um declínio estranho que começa com o fato de ele se expor às possibilidades mais elevadas do devir e do ser que compertencem, os dois, à **essência da vontade de poder**, isto é, que formam uma unidade. GA6MAC II Como, no que diz respeito à coisa propriamente dita, o eterno retorno do mesmo é o fundamento e a **essência da vontade de poder**, a vontade de poder pode ser estabelecida como fundamento e ponto de partida para a visualização da essência do eterno retorno do mesmo. GA6MAC II Se, segundo Nietzsche, conhecimento é vontade de poder, então uma intelecção suficientemente clara da essência do conhecimento também precisa iluminar a **essência da vontade de poder**. GA6MAC III Por conseguinte, a essência da verdade também precisa arrancar todos os véus que cobrem a **essência da vontade de poder**. GA6MAC III As interpretações políticas do pensamento fundamental nietzschiano não fazem, na maioria das vezes, outra coisa senão favorecer a assim chamada banalização, se é que elas não produzem a supressão completa da **essência da vontade de poder**. GA6MAC III O fato de as coisas se darem dessa forma, deduzimos facilmente do modo como Nietzsche determina a **essência da vontade de poder**. GA6MAC III A reflexão sobre a **essência da vontade de poder** sob a figura do conhecimento e da verdade tinha por meta a intelecção do fato de que e de em que medida Nietzsche, ao pensar seu pensamento único da vontade de poder, leva a metafísica ocidental ao seu acabamento. GA6MAC III Começando com uma compreensão suficiente do niilismo e trabalhando na direção oposta, também já pode ser preparado o saber acerca da essência da transvaloração, acerca da **essência da vontade de poder**, acerca da essência do eterno retorno do mesmo e acerca da essência do além-do-homem. GA6MAC V Calcular com vistas à elevação de poder, com vistas à superpotencialização dos respectivos estágios de poder, é a **essência da vontade de poder**. “ GA6MAC V É só quando consideramos a entidade como realidade efetiva que se abre uma conexão com a potencialização para o poder como a **essência da vontade de poder**. GA6MAC V No entanto, ele não circunscreve a essência da vontade segundo uma psicologia usual, mas instaura inversamente a essência e a tarefa da psicologia de acordo com a **essência da vontade de poder**. GA6MAC VI Por isso, a **essência da vontade de poder** só pode ser questionada e pensada com vistas ao ente enquanto tal, isto é, metafisicamente. GA6MAC VI A partir do caráter de comando da vontade cai uma primeira luz sobre a **essência da vontade de poder**. GA6MAC VI Para Nietzsche, esse título esmaecido conserva o conteúdo preenchido que se desvelou como a **essência da vontade de poder**. GA6MAC VI A **essência da vontade de poder** torna possível que pensemos metafisicamente “o dionisíaco”. GA6MAC VI A partir de que excedente, todavia, essa elevação deveria surgir, se todo ente é apenas vontade de poder? Além disso, a própria **essência da vontade de poder** sempre exige a cada vez para a sua conservação, e, com isso, precisamènte para a respectiva possibilidade de sua elevação, que ela esteja a cada vez demarcada e delimitada em uma forma fixa, isto é, que ela já se mostre como uma autolimitação na totalidade. GA6MAC VI A aparente intangibilidade do além-do-homem aponta para a agudeza com a qual, por meio desse sujeito propriamente dito da vontade de poder, a contrariedade essencial em relação a toda fixação é concebida, uma contrariedade que distingue a **essência da vontade de poder**. GA6MAC VI A grandeza do além-do-homem, que não conhece o isolamento estéril próprio à mera exceção, consiste no fato de ele inserir a **essência da vontade de poder** na vontade de uma humanidade, que quer a si mesma em uma tal vontade como o senhor da Terra. GA6MAC VI Uma vez que a conservação sempre estabelece algo firme como condição necessária de conservação e elevação, mas o estabelecimento de tais condições é necessário a partir da **essência da vontade de poder** e possui o caráter da instauração de valores como um estabelecimento de condições, o verdadeiro enquanto o constante possui – o caráter valorativo. GA6MAC VI Na medida em que a elevação permanece mais essencial na **essência da vontade de poder** do que a conservação, a arte também é mais condicionante do que a verdade – ainda que essa verdade condicione, por outro lado, a arte. GA6MAC VI Ele é verdadeiro porque é justo, na medida em que traz à aparição a **essência da vontade de poder** em sua figura suprema. GA6MAC VI Supondo, porém, que a **essência da vontade de poder** seria concebida como a subjetividade incondicionada, e uma vez que essa subjetividade é invertida, também, pela primeira vez como a subjetividade consumada; supondo, além disso, que a essência da subjetividade do sujeito seria pensada metafisicamente; supondo, por fim, que a essência esquecida da verdade metafísica seria uma vez mais lembrada, e não apenas visada e repetida, como o desencobrimento do velado (aletheia) – supondo tudo isso, será que o peso daquelas duas anotações breves sobre a “justiça”, uma vez que verdadeiramente configuradas, não excederia, então, todas as outras explicitações feitas por Nietzsche sobre a essência da verdade, explicitações que GA6MAC VI