Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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Gelven (1989:101-102) – sentido e interpretação

segunda-feira 21 de outubro de 2024

A consideração da teoria de sentido e interpretação de Heidegger exige que a seguinte pergunta seja feita: Por que Heidegger fundamenta a interpretação e o sentido na prontidão à mão em vez de na presença à mão? Heidegger mostra que o sentido e a interpretação têm seu significado na prontidão-à-mão porque quer argumentar que em nenhum momento o Dasein entende o sentido de algo independentemente da consciência existencial do Dasein. Se por “sentido objetivo” alguém quer dizer um sentido totalmente sem quaisquer influências subjetivas e existenciais, então Heidegger negaria a possibilidade de tal sentido. Assim, o modelo científico de conhecimento como o caso paradigmático de como conhecemos é enganoso, se não totalmente impreciso. Além disso, ao fundamentar tanto a interpretação quanto o sentido na prontidão-à-mão, Heidegger abriu caminho para uma explicação de como o sentido de “ser” pode ser interpretado. Pois se todas as [102] formas de interpretação consistem na explicação da estrutura do “como” de como alguém existe em modos específicos, então o tema da existência como tal também está disponível para interpretação. Pois o “como” é simplesmente deslocado de uma instância particular de existência para a questão da existência como existência.

A tarefa de Ser e Tempo   é, afinal de contas, elucidar o que significa ser (Sinn von Sein). Para que essa elucidação fique clara, é necessário que se tenha uma compreensão adequada do sentido existencial.

[GELVEN  , Michael. A commentary on Heidegger’s Being and Time  . Rev. ed ed. DeKalb, Ill.: Northern Illinois University Press, 1989]


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