konkret

konkret, concrete, concreto, Konkretion, concreteness, concretude

Na medida em que nos decidimos por e empreendemos um trabalho concreto, decidimo-nos por um como determinado desse trabalho, tanto faz se o sentido dessa concreção se nos torna presente de forma expressa ou inexpressa. Escolhemos determinadas regionalidades de objetos (por exemplo, a psicologia), apreendemos os objetos de determinado modo, movemo-nos em determinadas (36) estruturas conceituais, propomos certas pretensões de fundamentação e clareza, e consideramos o trabalho dentro da totalidade de um determinado horizonte de conhecimento e em determinada relação para com a história. Isso tudo está mais ou menos claro e ciente.

Trabalho concreto significa, pois, dirigir-se ao objeto em sua configuração concreta. O que significa concreto? No esclarecimento do sentido não nos atemos propositalmente nas determinações tiradas da lógica “formal”, onde “abstrato”, “abstractum”, é colocado num sentido bem determinado da lógica geral objetiva, e, em relação a esta, também, o sentido de “concretum” e “concreto”; atemo-nos, antes, à palavra. O concreto, ou, mais precisamente, o que se chama de “concreto” é aquilo que vem a ser e é na densificação (Verdichtung) e a partir da densificação, no con-crescer (Zusammenwachsen). Na medida em que um objeto está concretamente no ter, o ter está de tal modo junto ao objeto que apreende plenamente as determinidades desse, e isso na totalidade dos nexos de juntura e de densificação destas, isto é, apreende propriamente o (derradeiro) sentido estrutural da totalidade do objeto na plenitude de suas determinidades-do-que-como.

Mas o que temos em mente como o concreto num objeto depende de que representação fizemos do que seja a cousa principal nele, o que nele está em questão e importa, o que ele quer propriamente dizer. O concreto depende do modo como o objeto é tomado “no princípio”. Mas, se nos dispensamos de uma reflexão principial, isto é, de uma tal reflexão que, no princípio, no método e na execução corresponde propriamente ao que pertença ao caráter de um princípio, ou, o que aqui não só dá no mesmo, mas até se constitui num equívoco compreensivo ainda mais nocivo, quando nos movemos em meias-medidas, então, se quisermos que o caminhar de um trabalho concreto tenha no geral uma direção que faça sentido, temos de deixar que o sentido de “concreto” e o como da pesquisa concreta nos sejam dados a partir de algum outro lugar. E isso se dá, de fato, nos dois modos de subestimação da “consideração principiai”. (37) Assim como o ponto de partida da super-valorização é alcançar um conceito universal de filosofia, partindo apenas de algum modo qualquer, que “se adapte e sirva”, assim também a subestimação toma como ponto de partida pesquisar nalgum lugar qualquer, sem maiores determinações sobre a tarefa e a matéria, supondo inclusive que seja matéria e multiplicidade (substancial!), e não um “troço (Zeug) lógico abstrato”. (GA61:36-37)

VIDE: (HyperHeidegger->http://hyperlexikon.hyperlogos.info/modules/lexikon/entry.php?entryID=2163)


VIDE: (konkret->http://hyperlexikon.hyperlogos.info/modules/lexikon/search.php?option=1&term=konkret)

concret (EtreTemps)
concrete (BT)

NT: Concrete, concreteness (konkret, Konkretion), 1, 7, 9, 18-19, 26, 32, 34, 36, 39, 43, 52, 78-79, 82-83, 129, 131, 133, 140, 167, 178, 184, 187-188, 191-192, 194, 209, 229-234, 251-252, 255, 279, 300, 302, 311, 335, 366, 382, 393-396, 398, 399 n. 14, 431, 432 n. 30, 435. See also Totality; Whole (BT)