Wesung, essential swaying, essenciação, despliegue
A pergunta sobre a verdade do seer aponta certamente para a inserção violenta em algo resguardado; pois a verdade do seer – como verdade pensante ela é o saber insistente sobre como o seer se essencia – talvez não caiba nem mesmo aos deuses, mas pertença unicamente ao abismal daquela junção destinatória à qual mesmo os deuses estão submetidos.
E, no entanto: se o ente é, o seer precisa se essenciar. Mas como se essencia o seer? Mas é um ente? A partir de que outra instância decide aqui o pensar, se não a partir da verdade do seer. Com isto, o seer não pode mais ser pensado a partir do ente: ele precisa ser descoberto pelo pensamento a partir dele mesmo. (GA65:§2; GA65MAC:10)
VIDE: (Wesung->http://hyperlexikon.hyperlogos.info/modules/lexikon/search.php?option=1&term=Wesung)
Devido em parte à historicidade das essências, Heidegger também usa Wesen em sentido verbal, ligando-a diretamente ao verbo wesen e cunhando o substantivo explicitamente verbal Wesung, ” essencialização”. Uma outra razão para esta inovação é a inadequação do substantivo não verbal Wesen para a questão acerca do ser. “Se indagamos acerca da ‘essência’ no sentido usual da questão, a questão é sobre o que ‘faz’ um ente ser o que ele é, portanto sobre o que perfaz seu ser-o-que, sobre a entidade dos entes. Essência é aqui apenas uma outra palavra para ser (no sentido da entidade). Wesung, por sua vez, significa o acontecimento, à medida que acontece (sich…ereignet), ao qual pertence a verdade. O evento (Geschehnis) da verdade do ser, isto é Wesung” (GA65, 288. Cf. NII, 344ss/N4, 206ss). Wesung, uma unidade original do ser-o-que e do ser-como, pertence unicamente ao ser e à verdade (GA65, 289). “Wesung significa o modo como o próprio ser é, a saber, ser” (GA65, 484). Ser nem tem nem é uma essência não verbal. Como a idéa do bem de Platão ou o deus de são Tomás, ele concede essências aos entes pela luz que derrama sobre eles. Ser não é: ser “essencializa (west)” (GA65, 286). (DH)