Não é apenas impossível pensar, falar e/ou agir sobre o χάος. Também não carece fazê-lo. Pois, em tudo, o que se diz, quando se fala e/ou se cala, sempre se faz a partir do χάος.
Em seu Essai sur la connaissance approché (277), Gaston Bachelard afirma peremptoriamente:
“La diversité absolue d’un chaos ne pourrait recevoir l’occasion d’acune action e par conséquence d’aucune pensée
“A diversidade absoluta de um cáos não poderia receber a ocasião de nenhuma ação e, por conseguinte, de nenhum pensamento”! (…)
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Léxico Grego
Como lembra Marlène Zarader (Heidegger et les paroles de l ’origine. Vrin, 1990), as palavras fundamentais são aquelas de pensadores gregos determinados, em particular os pré-socráticos, Platão e Aristóteles (o mais referenciado); mas não pertencem exclusivamente a estes pensadores. "Enquanto palavras do princípio, elas abrem todos os domínios do questionamento que a filosofia reconhecerá como seus: elas dizem o ser, a verdade, a linguagem, o destino, o tempo". Ao mesmo tempo, elas não somente instauram regiões, mas fazem sinal em direção a um centro: a unidade que constitui "o a pensar" nos textos do primeiro início, que merecem a reflexão necessária para um novo início.
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Carneiro Leão (2010:35-36) – chaos
10 de junho, por Cardoso de Castro -
Ernildo Stein (2015:130-133) – deinon (estranho, terrível)
8 de junho, por Cardoso de Castro“muitas são as coisas estranhas, mas o mais estranho é o homem” [Sófocles, Antigona]
Encontramos em Heidegger uma estratégia de falar do homem como aquele que compreende o ser. Ainda que com tal afirmação não se limite ao elemento primeiro descritivo de antropologia, ela, contudo, é o começo para um jogo de enunciados polares sobre o que é o ser humano. As oposições que irão aparecer apoiam-se em conceitos que descrevem os aspectos paradoxais do ser humano. Tem-se mesmo a impressão de que as duas (…) -
Maldiney (Aîtres:171-174) – le verbe être
4 de junho, por Cardoso de CastroIl y a donc un sens faible et un sens fort de « être ». Ils sont en l’homme inséparables.
« Être », ce mot-clef de la métaphysique occidentale y a ouvert bien des portes qui donnent sur un mur. De Platon à Heidegger, du Sophiste à Sein und Zeit, les penseurs ont signalé le paradoxe de ce terme d’usage courant qui parmi tous les autres est le plus évident et le moins saisissable. Non seulement son sens est ambigu. Mais l’idée même du sens s’y trouve frappée d’ambiguïté. Et cela dès la langue.
« Le (…) -
Schürmann (1982:116-120) – Le concept causal d’arché
2 de junho, por Cardoso de CastroLa déconstruction phénoménologique de l’origine signifie donc d’abord le démantèlement du discours sur l’arché entendu comme la recherche prédominante des causes.
« Le concept d’arche n’est probablement pas un concept " archaïque ". Au contraire, il a été replacé à l’aurore de la philosophie grecque depuis Aristote seulement. » (Heidegger, Questions II, 190)
Anaximandre aurait dit que « l’origine (arché) et l’élément de toutes choses, c’est l’illimité» (ou l’indéterminé, ou l’infini). Du moins les (…) -
Taminiaux (1995:202-205) – deinon
1º de junho, por Cardoso de CastroHeidegger traduit deinon par Unheimliche, mot qui dans Sein und Zeit désignait le phénomène primordial révélé par l’angoisse, à savoir qu’ontologiquement et existentialement le Dasein est au monde, non pas à la manière dont on habite une demeure familière, mais sur le mode du « ne-pas-être-à-la-maison » (cf. § 40).
D’entrée de jeu, l’accent ainsi mis par Heidegger sur la theoria, entendue comme vue de l’être, le porte à négliger dans sa lecture du chœur [d’Antigone] les échos que celui-ci répercute tant par (…) -
Milet (2000:50-52) – A physis como essência da técnica
29 de julho de 2019, por Cardoso de CastroMILET, 2000, p. 50-52
Pour Heidegger, «l’essence de la technique n’est absolument rien de technique.» L’essence de la technique n’est pas plus constituée par les objets techniques que celle de l’arbre par les arbres. Heidegger a auparavant prévenu : «Si nous répondons à cette essence, alors nous pouvons prendre conscience de la technique dans sa limitation.» L’essence de la technique est ce qui limite la technique. Qu’est-ce qui limite la technique, sinon la physis ? La méditation de Heidegger cherche (…) -
Caeiro (2012:10-11) – ação
20 de fevereiro de 2019, por Cardoso de CastroExtrato da Apresentação de António de Castro Caeiro de sua tradução da Ética a Nicômaco, Lisboa, Quetzal, 2012, p. 10-12.
As acções têm, assim, o seu princípio de ser no Humano enquanto tal. Sem o elemento Humano não há acção. É o próprio Humano que é causa eficiente enquanto motivação da acção. E é também o Humano a causa final da acção, o terminus ad quem de todo e qualquer encaminhamento prático. O modelo aristotélico do pensamento da acção é o da produção. Sem dúvida que agir (agere) é diferente de produzir (…) -
Dahlstrom: aletheia
27 de outubro de 2018, por Cardoso de Castro(excertos de "Truth as aletheia and the clearing of beyng" por Daniel O. Dahlstrom, in Martin Heidegger - Key Concepts, edited by Bret W. Davis)
The Greek word aletheia is typically translated as "truth". Once this translation is in place, interpretations of aleetheia trade on the meanings primarily associated with "truth". The traditionally dominant meaning in this regard is correctness (the correctness of a thought or assertion) and, in fact, as early as Homer, a cognate of correctness, (…) -
Gonzalez: Heidegger and Aristotle on the Human Agathon and Telos
7 de dezembro de 2017, por Cardoso de CastroExtrato de HYLAND & MANOUSSAKIS, Heidegger and the Greeks. Bloomington: Indiana University Press, 2006, p. 129-131.
Let us begin at the beginning, that is, with the good. The first text of the Nicomachean Ethics to which Heidegger turns in the course is appropriately the opening chapters of Book 1, devoted to a discussion of the agathon. Heidegger has been reflecting on the characterization of the human being in the Politics, according to which human beings differ from other animals (…) -
Demske: Being as Noein-Einai (Parmenides)
1º de maio de 2017, por Cardoso de Castrop. 95-98
What was being for the other great pre-Socratic thinker, Parmenides? Contradicting the widely held opinion that the teaching of Parmenides is diametrically opposed to that of Heraclitus, Heidegger maintains that both thinkers really shared the same philosophical standpoint: "Where should these two Greek thinkers, the founders of all thought, take their stand but in the being of beings? For Parmenides too, being is the hen, kyneches, that which holds itself together in itself, (…)