Excertos de SLOTERDIJK, Peter. Regras para o Parque Humano. Tr. José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Estação Liberdade, 2000, p. 32-49.
Afastaremo-nos, a seguir, das instruções de Heidegger de nos deter na figura final do pensamento meditativo, para empreender a tentativa de caracterizar mais exatamente em termos históricos a clareira extática na qual o homem dá ouvidos às palavras do ser. Mostraremos que a permanência humana na clareira — em termos heideggerianos, o ficar-dentro (…)
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Technik / technische / technisiert
Technik / techne / technique / técnica / technology / τέχνη
Matérias
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Sloterdijk (RPH:32-49) - Antropogênese e Antropotécnicas
27 de abril de 2020, por Cardoso de Castro -
GA12:200-201 – Parâmetros do Mundo da Técnica
18 de junho de 2021, por Cardoso de CastroHEIDEGGER, Martin. A Caminho da Linguagem. Tr. Marcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 168
Marcia Schuback
Embora na sua expansão como parâmetro espaço e tempo jamais admitam o encontro face a face de seus elementos, é precisamente quando espaço e tempo predominam como parâmetros para toda representação, produção e recomendação, ou seja, como parâmetros do mundo da técnica moderna, que eles alcançam de forma extraordinária o prevalecer da proximidade, ou seja, a (…) -
Milet (2000:50-52) – A physis como essência da técnica
29 de julho de 2019, por Cardoso de CastroMILET, 2000, p. 50-52
Pour Heidegger, «l’essence de la technique n’est absolument rien de technique.» L’essence de la technique n’est pas plus constituée par les objets techniques que celle de l’arbre par les arbres. Heidegger a auparavant prévenu : «Si nous répondons à cette essence, alors nous pouvons prendre conscience de la technique dans sa limitation.» L’essence de la technique est ce qui limite la technique. Qu’est-ce qui limite la technique, sinon la physis ? La méditation de (…) -
Boutot (IFH:104-108) – O crescimento do que salva
17 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroExtrato de Alain Boutot, Introdução à Filosofia de Heidegger, 1993, p. 104-108
Alguns viram na interpretação heideggeriana da modernidade uma condenação sem apelo equivalente a uma rejeição pura e simples da técnica. Este modo de ver repousa, na realidade, sobre um mal-entendido tenaz que o próprio Heidegger não cessou de denunciar. O discurso heideggeriano não é dirigido contra a técnica e não prega um qualquer retorno à Idade Média ou mesmo à Idade da Pedra, o que seria ridículo, mas (…) -
Gadamer (1993:C1) – da episteme à ciência
5 de dezembro de 2020, por Cardoso de CastroGalileu, por exemplo, não descobriu o limite da queda livre através da experiência, mas, como ele mesmo afirma: mente concipio, quer dizer, eu concebo-a em minha mente. Aquilo que Galileu concebeu dessa maneira, como a ideia da queda livre, não foi, de fato, um objeto da experiência. O vácuo não existe na natureza.
Antônio Luz Costa
Deve-se esclarecer o completo alcance daquilo que, com as ciências empíricas e as ideias sobre método, se colocou ao mundo. Quando se diferencia “a ciência” (…) -
Ernildo Stein (2008:110-111) – essência da técnica
9 de junho de 2023, por Cardoso de CastroA técnica como a figura fundamental do ser, isto é a técnica como o encobrimento do ser pelo modo como a técnica manifesta a vontade de vontade diante do mundo, das coisas e do homem.
Quando Heidegger afirma na carta “a essência da ciência moderna se fundamenta na essência da técnica”, exige um diagnóstico da essência da técnica e já mostra em que direção ele vai, “porque a essência da técnica é uma, a figura fundamental do ser que agora impera no sentido da vontade de vontade”, ele (…) -
GA7:18-19 – homem pertence à disponibilidade
18 de agosto de 2019, por Cardoso de CastroCarneiro Leão
Quando tentamos aqui e agora mostrar a exploração [herausfordernde] em que se desencobre [Entbergen] a técnica moderna, impõem-se e se acumulam, de maneira monótona, seca e penosa, as palavras “pôr’’ [stellen], “dis-por” [bestellen], “dis-posição”, “dis-positivo”, “dis-ponível”, “dis-ponibilidade” [Bestand], etc. Isso se funda [Grund], porém, na própria coisa que aqui nos vem à linguagem [Sprache].
Quem realiza a exploração [herausfordernde] que des-encobre [Stellen] o (…) -
Salanskis: L’usage technophobe
29 de maio de 2017, por Cardoso de CastroExtrato das páginas 101-113 da edição de 1997 da Belles Lettres.
Sans nul doute, le prestige le plus considérable, la faveur la plus large que s’attire aujourd’hui Heidegger lui viennent de son discours sur la technique. Pour faire bref, Heidegger est regardé comme l’auteur qui, par excellence, aurait perçu l’importance fabuleuse de la technique pour l’essence du monde moderne, qui aurait discerné la faille et le danger de l’engagement de l’histoire mondiale dans le projet ou le processus (…) -
GA67: Estrutura da Obra
22 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTradução brasileira de Marco Antonio Casanova
A SUPERAÇÃO DA METAFÍSICA
1. A Superação da metafísica
2. A Superação da metafísica
3. História do seer e Superação da metafísica
4. A Volatização (Verflüchtigung) do ser
5. A metafísica e o Predomínio do Ente. Impotência e Volatização do Seer
6. "Superação"
7. Para a Configuração do Texto
8. Para a Concepção Correta da Totalidade
9. A Superação da metafísica através do seer
10. A Superação enquanto História do seer
11. O (…) -
GA7:25-26 – destino põe o homem a caminho de um desencobrimento
18 de agosto de 2019, por Cardoso de CastroCarneiro Leão
A essência da técnica moderna põe o homem a caminho do de-sencobrimento que sempre conduz o real, de maneira mais ou menos perceptível, à dis-ponibilidade. Pôr a caminho significa: destinar. Por isso, denominamos de destino a força de reunião encaminhadora, que põe o homem a caminho de um desencobrimento. É pelo destino que se determina a essência de toda história. A história não é um mero objeto da historiografia nem somente o exercício da atividade humana. A ação humana só (…) -
GA40:15-19 – physis
20 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroGA40 / GA40PT / GA40EN / GA40FR / GA40ES
Carneiro Leão
No tempo do primeiro e decisivo desabrochar da filosofia ocidental entre os gregos, por quem a investigação do ente como tal na totalidade teve seu verdadeiro Princípio, chamava-se o ente de physis. Essa palavra fundamental, com que os gregos designavam o ente, costuma-se traduzir com "natureza". Usa-se a tradução latina, “natura”, que propriamente significa "nascer", "nascimento". Todavia já com essa simples tradução latina se (…) -
Birault (1978:370-373) – a técnica moderna (Technik)
19 de junho de 2023, por Cardoso de CastroSó a essência técnica da ciência permite compreender este fenômeno, verdadeiramente muito banal e muito insólito: a saber, a correlação inegável entre uma certa escalada do conhecimento e um certo colapso da verdade. Quem então hoje em dia poderia ainda duvidar da ciência e da técnica, de sua eficiência e de sua eficácia? Quem portanto, em contraponto, poderia não duvidar da verdade e da realidade mesma à qual esta verdade deveria se conformar? Onipotência da ciência, impotência da verdade: (…)
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Gonzalez: Heidegger and Aristotle on the Human Agathon and Telos
7 de dezembro de 2017, por Cardoso de CastroExtrato de HYLAND & MANOUSSAKIS, Heidegger and the Greeks. Bloomington: Indiana University Press, 2006, p. 129-131.
Let us begin at the beginning, that is, with the good. The first text of the Nicomachean Ethics to which Heidegger turns in the course is appropriately the opening chapters of Book 1, devoted to a discussion of the agathon. Heidegger has been reflecting on the characterization of the human being in the Politics, according to which human beings differ from other animals (…) -
Milet (2000:10-12) – Du « calcul absolu de toutes choses »
30 de maio de 2017, por Cardoso de CastroMILET, Jean-Philippe. L’Absolu technique. Paris: Kimé, 2000, p. 10-12.
«On peut forcer la nature, mais non la contraindre». Cette sagesse du jardinier de Goethe, notre époque peut-elle l’entendre ? Peut-être est-elle celle des Grecs, eux dont l’art et la technique (rassemblés sous le terme de techne) travaillent d’«après nature». L’art du charpentier, disait Aristote, ne descend pas dans les flûtes : la production d’un meuble, si elle se faisait selon les règles d’un art, devait au moins (…) -
GA7:11-38 – A Questão da Técnica
15 de maio de 2020, por Cardoso de CastroResumo deste ensaio fundamental sobre a técnica moderna, a partir de suas traduções, em especial a tradução de Carneiro Leão, publicada em Ensaios e Conferências
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GA9:398-401 – o trabalhador [Arbeiter]
21 de junho de 2021, por Cardoso de CastroHEIDEGGER, Martin. Marcas do Caminho. Tr. Enio Paulo Giachini & Ernildo Stein. Petrópolis: Vozes, 2008, p. 409-411
Giachini & Stein
“Domínio” é ([JÜNGER, Ernst] O trabalhador, p. 192) “hoje apenas possível como representação da figura do trabalhador, a qual pretende possuir validez planetária”. “Trabalho” no sentido supremo que perpassa toda a mobilização é “representação da figura do trabalhador” (O trabalhador, p. 202). “Mas o modo como a figura do trabalhador começa a (…) -
GA66: Estrutura da Obra
13 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTrad. Marco Antonio Casanova
I. Introdução
1. Sentença prévia de Periandro e Ésquilo
2. O outro pensar
3. O salto
4. Os vigilantes
5. O saber
6. A palavra
6a. Não conhecemos metas
6b. Ser-aí
7. Aletheia
II. O salto prévio para a unicidade do seer
8. Da meditação
9. A maquinação
10. A consumação da Modernidade
11. A arte na época da consumação da Modernidade
12. O pensar inicial, que… uma prontidão
III. A filosofia
13. A filosofia
14. A filosofia na (…) -
Caeiro (2012:10-11) – ação
20 de fevereiro de 2019, por Cardoso de CastroExtrato da Apresentação de António de Castro Caeiro de sua tradução da Ética a Nicômaco, Lisboa, Quetzal, 2012, p. 10-12.
As acções têm, assim, o seu princípio de ser no Humano enquanto tal. Sem o elemento Humano não há acção. É o próprio Humano que é causa eficiente enquanto motivação da acção. E é também o Humano a causa final da acção, o terminus ad quem de todo e qualquer encaminhamento prático. O modelo aristotélico do pensamento da acção é o da produção. Sem dúvida que agir (agere) (…) -
GA19: A gênese da sophia (sabedoria) no interior do ser-aí natural dos gregos
3 de março de 2017, por Cardoso de CastroTradução brasileira de Marco Antonio Casanova
SEGUNDO CAPÍTULO - A gênese da sophia (sabedoria) no interior do ser-aí natural dos gregos (aisthesis/percepção sensível, empeiria/experiência, techne/arte, episteme/ciência, sophia/sabedoria) (Metafísica I, 1-2)
§ 10. Caracterização introdutória da investigação. Seu fio condutor: o exprimir—se do próprio ser-aí. Seu curso: os cinco níveis do sophia (saber). Sua meta: a sophia (a sabedoria) como malista aletheuein (o maior desvelamento)
§ (…) -
Boutot (IFH:100-104) – Heidegger, Jünger e Técnica
17 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroA técnica moderna, no sentido essencial da ordenação, ataca o homem que «no interior do sem-objeto, não é mais que o executante do fundo» e torna-se ele mesmo «um fundo».
Todas estas análises, que descrevem a mobilização total do mundo pela técnica na época moderna, podem fazer pensar nas que Ernst Jünger desenvolvia no seu livro Der Arbeiter (1932). O próprio Heidegger indicou, de resto, tudo o que a sua conferência sobre A Questão da Técnica devia às «descrições de O Trabalhador», e (…)
Notas
- Birault (1978:367-370) – la technique (Technik - techne)
- Boutot (IFH:94-98) – A técnica e a ordenação
- Boutot (IFH:98-100) – A técnica e a conclusão da metafísica
- De Castro: DA ESSÊNCIA DA INFORMÁTICA
- Der Spiegel: funcionamento
- Eudoro de Sousa (2002:163-164) – homem e mundo comparticipam mesmo projeto do Ser
- Fink (1994b:199-200) – o ente que aparece na técnica
- GA11:115 – Gestell
- GA11:156-157 – techne
- GA18:183-184 – ser humano determinado em seu ergon como praxis
- GA18:213-214 – poiesis (ποίησις)
- GA19: Estrutura de exame dos modos de desvelamento
- GA19: o objeto da phronesis é o Dasein
- GA19: phronesis não é especulação
- GA19:21-22 – άληθεύειν (aletheuein, 5 modos de des-encobrimento)
- GA33: a habilidade está no cérebro?
- GA40:10-11 – inutilidade da filosofia
- GA40:168-169 – techne é saber
- GA65:59 – Falta de questionamento e encantamento
- GA67:141 – a técnica